O tempo é uma dimensão inventada por Deus para nos distrair. Quando crianças pensávamos que éramos imortais, invencíveis e indestrutíveis. Na juventude, continuávamos a fingir o domínio dos acontecimentos. Na fase adulta, a finitude acorda-nos.

Os amigos, expressão que abarca muitas realidades, constituem o laço mais forte para a viagem dos dias. Queremos, sobretudo, amigos presentes, ou então, restam-nos os amigos de embrulho, os amigos ausentes.

Para que não sejamos surpreendidos com a passagem do tempo, temos de estimar os amigos-dádiva.

Bons dias!

(Para que os amigos não sejam só a garrafa, a fruteira e a guitarra, como encontramos em Picasso).