Por vezes, esquecemo-nos das coisas que escrevemos. Já lá vão mais de quatro anos, mas o assunto deste blogue não podia ser mais certeiro. E mesmo na questão do "benchmark" há algum fundamento, porque a Irlanda ainda vai recuperar primeiro que a nau lusitana... CLIQUE AQUI.

Não deixa de ser uma notícia deliciosa, no meio de tanto holofote e de 33 milagres. Yonny Barrios saiu do buraco e a mulher legítima pode entrar noutro... ou num limbo. É justo não querer ver o recém-resgatado, nem com óculos avant garde ... Melhor: a ajuda psicológica tornar-se-á rapidamente apoio matrimonial. O que as minas escondem: não apenas cobre, mas segredos.

Parte séria: quanto ao resto da perfeita história da mina de San José, para os lados da Terra do Fogo, trata-se de uma lição para a humanidade, mais do que "uma inspiração para o mundo" (que mensagem foi aquela da Casa Branca!).

No centenário da Universidade de Lisboa, tal como na celebração dos 100 anos da República, aparecem as mesmas figuras da destruição recente das finanças e da identidade colectiva do país. A excepção é Ramalho Eanes e merece um sincero elogio, pela lucidez. Sampaio e Soares deviam remeter-se ao silêncio, porque um e outro só deixaram poeira e mistério. Que Sampaio explique por que razão demitiu Santana Lopes em 2005, que eu nunca percebi. E Soares que recuse em continuar a pactuar com este autêntico acto criminoso perpetrado pelos socialistas na desgovernação do Portugal nos últimos anos.
Sampaio Nóvoa, reitor da UL, acerta parcialmente nas palavras. Sim, “A Universidade precisa de liberdade para servir”, mas, infelizmente, a maior universidade de Portugal parou no tempo. Por lá pulula muita liberdade de gente que se serve... E Bolonha foi a cereja no bolo deste malfadado fado do ensino exigente, sério, crítico, criativo e pedagógico. A Universidade, como sempre postulo, é apenas o espelho de tudo o que nos rodeia, com os seus destruidores vícios, naturalmente. Coisificou-se. D. Dinis estaria certamente envergonhado dessa manta de retalhos de saber do seu Estudo Geral de Lisboa. Classe, na Clássica de Lisboa de hoje, na busca de rasgo e precursão na aprendizagem, não notei nem noto. "Ad lucem" é obra que não se vê.

Aos 2 milhões e 77 mil e 695 eleitores que votaram PS que não se queixem do voto responsável e consentido de 27 de Setembro de 2009.
E os funcionários públicos, em particular, aqueles que puseram a cruz na Rosa, não venham contestar agora isto…

Como não devemos troçar do mal do vizinho, só lamento dizer: mais haverá em 2011...

Trintal e seis mil e quinhentos dias de República é muito tempo. Bastante para pensarmos o que acrescentámos à História com tantas luas de regime político.