quinta-feira, março 31, 2011
Talking Heads - "Once In A Lifetime"


Bom dia!
 
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quarta-feira, março 30, 2011
Messenger flirta com Mercúrio
Messenger pode ser mais que uma ferramenta de conversação. É nome de sonda espacial que anda por estes dias a orbitar Mercúrio. A NASA acaba de revelar a primeira fotografia. Imagem muito parecida com a que temos da Lua, aliás, basta observar o pormenor das crateras, como se fosse um vidro cravejado de balas. O "Público" dá-nos mais alguma informação sobre o momento histórico. A NASA partilha, sem segredos, o flirt da Messenger com Mercúrio. Thanks, NASA!
 
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segunda-feira, março 28, 2011
Bola redonda e mentes quadradas
Todos os homens gostam de futebol. Quase todos. Todos os homens têm um clube. Quase todos. O futebol está no ADN do latino, especialmente. Já o clubismo é uma irracionalidade, uma selvajaria. Não compreendo que adeptos de futebol se agridam ou pratiquem actos de violência física e verbal. Seja entre clubes adversários, seja dentro da própria “família”. É simplesmente uma falta de bom senso, e que as autoridades deviam punir exemplarmente (já que as instituições de futebol fingem que nada se passa). Não me venham dizer que é tudo “calor”, “exacerbar de posições”, “momentos de virilidade” e todos esses palavreados que branqueiam o disparate, o crime e a violência. O futebol é um desporto, uma arte para gozo das pessoas. Envergonha-me a pós-votação dos corpos directivos do Sporting. Quem não sabe estar à altura da grandeza do futebol deve simplesmente ser afastado das emoções ao vivo e ficar em casa frente ao tecrã. Perder uns dias, ganhar noutros. Mas sempre no respeito pela paixão. E deixem para os tribunais as alegadas irregularidades e conformidades.
 
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quinta-feira, março 24, 2011
Pausa temática
Para não aborrecer os cinco leitores deste blogue – e talvez sejam exagerados os números da audiência – não escreverei mais posts sobre política nacional até ao chamado último dia de campanha eleitoral. Uma opção em nome da criatividade (ou sanidade!) mental: há tantos assuntos para discorrer...
Este espaço não entrará em gestão de funções - não porque esteja endividado ou precise de auxílio externo -, irá tão-só dedicar-se à busca de assuntos que não aborreçam a esgotada paciência dos incansáveis cinco leitores - dos quais, três chineses - que aqui dispendem o seu tempo precioso a tentar decifrar frases de um tempo de crise novo-velha. Um filme visto.
Portugal segue dentro de momentos. E ideias precisam-se...
 
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segunda-feira, março 21, 2011
Amado por uns...
... e agora odiado por outros... Luís Amado lamenta que o Governo tenha apresentado as medidas de austeridade sem uma discussão prévia nacional... Acentua-se a implosão...
 
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sexta-feira, março 18, 2011
A Primavera

Na próxima semana, começa a queda real de Sócrates.
Quando se aproxima o tombo de um Governo - e foi assim em 2005 com Santana Lopes - há como que uma estação que se aproxima. E sente-se… A Primavera virá segunda-feira e a estação de Sócrates chegará ao fim uns dias mais tarde.
O povo, que quis renovar os votos de casamento com essa figura digna de estudo patológico apurado, vendedor de uma aldrabice política persistente, terá que aguentar muitos e muitos anos o fardo da loucura.
Na Idade Média, os barbeiros provocavam sangramentos que, frequentemente, levavam à morte do paciente. Entre 2005 e 2011, um primeiro-ministro trouxe unguentos milagrosos, ventosas colectivas e tratamentos ruinosos. Os efeitos do tratamento estão à vista: Portugal é um moribundo, falido e estarrecido.

 
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terça-feira, março 15, 2011
Japão atómico
A tragédia no Japão está longe de ter um desfecho apaziguador: não sabemos o que vai acontecer, não por causa da imprevisibilidade da natureza, mas porque uma estratégia nuclear está em vias de se transformar num pesadelo geracional. Uma falha inaceitável. Do homem, uma vez mais, depois de uma sucessão de erros e de condutas negligentes.
Em Portugal, continua a haver prosélitos do “sim ao nuclear”. Vendem o produto como “limpo, seguro e económico”. São especialistas de uma ciência complexa, mas falta-lhes bom senso, refugiam-se nas estatísticas para afastar cenários improváveis. Só que no Japão o improvável está a acontecer.
Se em Portugal, que por sinal é um país de sensibilidade sísmica muito alta, um desastre destes acontecesse, muitos dos defensores do nuclear já estariam, não em Paris, por ser demasiado perto, mas em Luanda ou em Maputo. O cidadão normal que se arranjasse…
Num tempo em questionamos a dívida que deixamos às próximas gerações, a opção pela energia nuclear é indubitavelmente contraditória: instalar centrais nucleares é comprarmos bombas-relógio para os nossos filhos.
Continuo a pensar da mesma forma: a energia nuclear é uma irracionalidade. Dissemina-se por todo o lado. Aprendamos com os erros dos outros: é uma oportunidade rara.
 
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domingo, março 13, 2011
12 de Março
Há qualquer coisa que me escapa, mas… Nos protestos de 12 de Março, o que vi foi de bradar aos céus, assustador: uma excêntrica que cantava a Desfolhada no Porto; uma licenciada em Direito - que, na afirmação da própria, estudara na melhor faculdade do país - a pedir um direito para os heterossexuais (sim, para os hetero, e discorria sobre Constituição como quem estripa um coelho); uma licenciada em fotografia, do Porto, que já prometeu emigrar para a Alemanha (para quê perder tempo, quando ainda anda por estes "planos"); um grupo de jovens, em Faro, que desfilava com cervejas na mão, porque as mini conferem mais credibilidade ao momento; um tontinho em Lisboa, que falava como um “rapper” e queria mudar tudo, não sabendo apontar um único ponto em particular sobre os seus sonhos ou angústias (nitidamente sob efeito de drogas); e mais um com dois telemóveis nas mãos, porque jovem que é jovem tem de estar alinhado com as tecnologias (e os pais que alimentem o consumo e a futilidade); e, no Campo Pequeno, uma manifestação de professores (de um corporativismo inqualificável, quando não podemos misturar professores de duas gerações, entre uma que goza de remunerações chorudas e outra barbaramente desprezada).
Com estas imagens, fiquei ainda vez mais convencido: é com estas pessoas que querem mudar o estado das vossas vidas? É com manifestos "trotskistas" que pretendem mais bem-estar (igualdade em quê)? É com a anarquia da esquerda de pacote que almejam mudar a sociedade e fazer política? Experimentem ir à Roménia ou à Hungria e terão o contacto com o que fizeram as teorias de Marx e Lénine…
No fim, há mais uma pergunta que não posso deixar de fazer: quantos é que dos 200 ou 300 mil que foram à rua votaram uma, duas vezes, em Sócrates, ou nem sequer costuma participar em actos eleitorais, e com essas opções, acabaram por claudicar o seu futuro? Quinze anos perdidos. Os festivais de Verão seguem dentro em breve. Continuem no circo.


Nota bem: Evidentemente que milhares de jovens merecem uma oportunidade e uma vida melhor. Esses devem, por isso, indignar-se, não apenas a 12 de Março, mas todos os dias. Mas não se deixem contaminar pelo lixo ideário que desacredita as vossas preocupações.
 
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sexta-feira, março 11, 2011
PEC 4

No cesto, deveriam estar centenas de fundações e institutos, empresas municipais, empresas públicas, parcerias público-privadas, ajudas de custo, obras farónicas (TGV, novo aeroporto de Lisboa), corporativismos, Justiça, leis, Estado fiscal sanguessuga, "lobbies" ocultos, latentes e reais, empresas privadas que declaram ad aeternum prejuízos, centralidades inúteis, empresas parasitárias dos orçamentos, o parasistema educativo, universidades de linhagem, os agiotas da banca, a ética ausente, enfim... e, desta vez, vão ser os reformados, e os trabalhadores de contratos traídos, e os doentes, a classe mini-média e o que a República consentir... Portugal é um Estado? Não, é um território de cabeças decepadas... O carrasco terá um destino pouco afortunado: o Governo perdeu a cabeça muito antes de lhe cair a lâmina.

 
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quinta-feira, março 10, 2011
Cubo de Rubik
Quem esteve atento, poderia ter tirado as suas conclusões iniciais: a verdade é que a moção de censura veio um dia antes, na quarta-feira, e não na quinta. E pela voz do Presidente da República.
Cavaco Silva não fez umas meras considerações semânticas ou deambulações discursivas: fez afirmações de uma dureza e rigor assinaláveis, independentemente de pensarmos que Cavaco também cometeu erros no passado e de desejarmos mais exigência na bondosa cooperação institucional.
Preparemo-nos, pois, para o que aí vem, porque a estabilidade política não é necessariamente um bem absoluto. Pode simplesmente tornar-se um instrumento menor, perante outras prioridades. É suposto Portugal estar acima dos governos. E é mais fácil convocar o povo para a legitimação consciente do que deixar o curso trágico dos acontecimentos persistir em estado de negação patológica persistente.
Cavaco fez o que tinha a fazer. “Mostrem às outras gerações que não se acomodam nem se resignam”, apelo inaudito para caos maldito. Foi ao púlpito e depositou esperança num Portugal melhor. E agora cabe aos agentes sábios, órgãos de soberania incluídos, cumprir com as suas responsabilidades.
A “magistratura activa” vai tornar-se na vassourada final do que resta de um punhado de pessoas que tentam desesperadamente fazer o cubo de Rubik. Um quebra-cabeças real e com marcas difíceis para muitos anos.
No bolso e nas almas das massas.
 
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domingo, março 06, 2011
Homens da luta
O serviço público de televisão proporciona-nos momentos de uma ilusão cómica... Não há nada a fazer ou a dizer sobre as prioridades desta RTP. O povo tem aquilo que merece: pão, queijo, vinho... e a televisão. Os homens da luta, no seu humor de megafone, ganharam a mãe de todos os festivais da mediocridade. E o povo, pá? Paga, se faz favor.

 
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sexta-feira, março 04, 2011
Pré-bancarrota
À distância de um fracasso num próximo leilão de dívida pública... (1) (2). Porque se a hipótese se confirmasse - e espero que não -, significaria, não só voltarmos aos idos de 1891, mas também habituarmo-nos a viver de um modo ainda mais injusto, desumano e egoísta. Lembremo-nos: foi assim que começou a cair um regime de 800 anos; e desta bancarrota anunciada viriam os sacríficios de um tempo maldito, sobretudo para as gerações que não sentiram o cheiro do dinheiro esbanjado à tripa forra. Apenas pagariam as favas. Outra vez?! A República em erupção.
 
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quinta-feira, março 03, 2011
Pontes do esquecimento
Continuamos a refugiar-nos na amnésia forçada. O país que se gaba de ter uma rede viária moderna e dita europeia – e que os cidadãos pagam triplamente (na construção, na passagem e na tributação) – tem 1156 pontes a precisarem de obras urgentes. Existem mesmo infra-estruturas interditadas, mas o mais preocupante são aquelas que exibem um silêncio perigoso. Até ao dia em que Entre-os-Rios se repita, um ministro se demita e a Justiça deixe escapar os responsáveis. Do que falamos quando as pontes caem no esquecimento deste “desgraçado Portugal”*?

* A expressão é de Eça de Queirós.
 
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terça-feira, março 01, 2011
Talvez La Fontaine revisitado
Zézinho tem junto da sua casa duas agências bancárias: a Mercados & Agências de Rating (MAR) e a Fundo Europeu de Estabilização & FMI Cruel (FEEFMIC). A primeira oferece crédito com uma taxa acima dos 7 por cento. A segunda, garante-lhe um custo fixo de 5,8 por cento. Ambas exigem-lhe um pacote adicional: seguros, cartões de crédito, aplicações financeiras diversificadas,..
É verdade que a MAR tem gestores de conta aborrecidos e inconstantes, mas atentos, que, por vezes, cobram valores que, em dias difíceis, fazem Zézinho pensar duas vezes: "será que devo continuar a ter casa que tanto gosto?”, interroga-se Zézinho.
A FEEFMIC faz exigências, é severa. Por exemplo, só empresta dinheiro, se Zézinho deixar de jantar tantas vezes no restaurante mais caro da cidade (nada de lagosta e muito menos Beluga). Zézinho reconhece ainda que não pode continuar a fazer três cruzeiros por ano e a sustentar os dois carros de alta cilindrada que alterna entre a garagem – porque a gasolina está cara – e as deslocações para o trabalho, mais o iate que embeleza a marina.
Atolado de dívidas, Zézinho tem um dilema: quer preservar a casa dos seus sonhos, mas agora tem um pesadelo. Precisa forçosamente de abdicar de um estilo de vida que julgava eterno. Era tão bom viver como o seu primo alemão, que emigrou há 20 anos para a Baviera industrial e rica, mas agora, Zézinho está num sarilho... O que deve fazer?
 
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