segunda-feira, julho 31, 2006
Acto VI
Na manhã anterior ao Ataque Total, na sala principal do bunker ocupado pela Darkmoon:

Oliver, o novato em operações no terreno, expõe algumas questões sobre o ataque que vão executar:
- Temos de accionar o dispositivo quando atingirmos os 12 mil pés e largar o perfume, durante 3 horas contínuas sobre a Régua de Pedras. Não pode ser nem abaixo, nem acima dos 12 mil pés, para que a dispersão seja mais eficaz… diz Oliver.

- Correcto! Mas não te podes esquecer de outro pormenor. Tens de carregar no botão amarelo e vermelho ao mesmo tempo. Só assim, obteremos uma reacção em cadeia perfeita… assinala Crazy.

- Amarelo e… vermelho… em simultâneo, diz Oliver.

- Na operação, eu estarei ocupado com os comandos do avião e o Disaster terá a missão de nos camuflar dos radares e sistemas de controlo de espaço aéreo , revela BFire.

- Estou ansioso por iludir a tecnologia… Já instalei no nosso avião o meu novo modelo de dispersão invisível – Disaster.

- Atenção! Mais um dado: devemos ter todos os cuidados, temos de conter todos os nossos excessos de vitória. Qualquer falha prévia, pode condenar o Ataque, alerta Bfire.

(Os 4 elementos partem para as suas camaratas de descanso. Na manhã seguinte, bem cedo, terá início o Ataque Total. 500 milhões de pessoas poderão alterar-se de um dia para o outro. Um desfecho que só os 4 amigos de Beaconsville poderá evitar… )

 
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sexta-feira, julho 28, 2006
Acto V
Na casa-árvore:

Já tenho amostras sobre o terreno. Não há qualquer anormalidade, diz Fistelle.

Eu também estou a ultimar a descodificação da mensagens… Mais um minuto e terei a chave dos nossos problemas - Louie.

Espero que os resultados nos dêem tempo para actuar, confessa Jason (enquanto dirige um relance inconsequente sobre decote de Fistelle, que a provocara antes na rua… Fistelle finge que não reparou que Jason ficara com os olhos trocados por causa do seu decote…)

EUREKA!!!! Já está! Eis o resultado da mensagem para o tal Malcom XF. Vou imprimir...

Aparece na folha a seguinte declaração:

Pelo nosso líder,

A nossa arma é mais poderosa que todos os ventos conjugados. Faz o que tens a fazer... Lança o perfume sobre o dominó. Alvo: a Régua de Pedras.

Seremos sucedidos.

Crazy.
 
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quinta-feira, julho 27, 2006
Partilha

«Eles querem tudo para eles e o diabo para os outros», confessava-me surpreendentemente a dona Carbonara, uma judia convertida ao cristianismo que vive em Portugal. «E qual a solução para o problema do Médio Oriente», perguntei? «Partilha», responde-me a senhora.

Para a senhora Carbonara, os israelitas são os causadores desta crise. Sinto-me tentado em pensar o mesmo. Até porque o rapto de um soldado israelita, não pode servir de pretexto para uma guerra de afirmação conduzida por uma mão cheia de políticos de coração vazio. Mais ainda: o que aconteceu Quarta-feira, com o ataque «aparentemente deliberado» (as palavras são de Kofi Annan) da artilharia e força aérea judaica sobre um posto da ONU, em Khiyam, Sul do Líbano, indiciam que há uma vontade desequilibrada de Israel em estender uma fome de sangue a todo o custo no Líbano.

Enquanto Ariel Sharon agoniza no leito, o sucessor, Ehud Olmert, dá ordem para lançar todas as bombas que quer e onde quer. Não desprezando todo o mal que cometem os combatentes do Hezbollah – porque os seus rockets também matam civis inocentes em Haifa – a minha leitura do labirinto de violência no Médio Oriente leva-me a uma conclusão: Israel tem de ouvir a mensagem da senhora Carbonara. É que sem partilha, não há nada…

Partilha que também se aplica aos EUA, à Síria e ao Irão. Infelizmente, os senhores da Cimeira de Roma não puderam ouvir a mensagem da dona Carbonara.
 
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Acto IV
Entretanto, a Darkmoon põe em prática o seu plano diabólico: dominar o Mundo, através de um método revolucionário, que consiste em espalhar no ar um composto que reduz o cérebro a um estado vegetativo e robótico.

Fistelle é a jovem encarregue de verificar se os níveis da substancia DTW_1 estão aos níveis requeridos para o processo. Na cidade medieval de Beaconsville, no centro da Europa, Fistelle faz o seu trabalho, pausadamente, com os medidores. Tudo corre bem. Até que, a caminhar pela rua, vem Jason, um dos quatro jovens que pretendem deter a Darkmoon.

Esbarram.

- Desculpe, diz um ofegante Jason, apanhando o medidor de DTW_1 e entregando-o a Fistelle.
- Não faz mal, responde ela.

Jason era um jovem atraente e Fistelle ficou fascinada com aqueles olhos castanhos e penetrantes.
Todos os tipos com quem saia eram normalmente aprumadinhos e obedientes. Gostou do estilo de Jason e como ele a convidou para tomar um café ali ao lado como forma de a compensar, ela ficou com o número de hipermovel - uma forma mais avançada de comunicar sem fios - dele. Fistelle era uma bonita mulher, alta e morena.

Chegou a hora de voltar ao trabalho. Todos os dados estavam bem, eis senão quando um jovem executivo de fato e gravata com um andar certinho esbarra com ela.

- Mas que raio.. hoje é o dia internacional dos atabalhoados ou quê? - pensou Fistelle.
O homem levantou-se, e não dizendo uma única palavra, seguiu o seu caminho. Fistelle ficou indignada. Correu atrás dele e disse-lhe que ele era mal educado. Virando-se para trás, o homem respondeu:

- Talvez... Mas você é feia. Eu ainda tenho cura.

Fistelle ficou pior que estragada... quem é que ele pensava que era para lhe falar daquela maneira?
 
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Acto III
Raios! O email que interceptámos tem um sistema de encriptação ultrasofisticado, diz Louie.

Mas consegues resolver?, pergunta Jason.

Sim, com o apoio de um software que concebi quando tinha 12 anos, penso que consigo desblindar este xadrez criptológico, adianta Louie.

Bem, se não fosse o Louie, acho que íamos ter um problema sério. Quanto tempo precisas?

Hmmm… pelo menos meia hora. É uma coisa mesmo avançada, equiparável à escrita hieroglífica, com uma desvantagem: não existe ainda um conhecimento sequer mínimo sobre esta forma de escrita.

(Conrad e Sharon chegam à sala)

Como vai isso?, diz Conrad.

O Louie está a dar conta do assunto. Em meia hora, saberemos o que esconde a mensagem-mistério, diz Jason.

Há mais um problema, adverte Sharon.

Qual?, pergunta Jason.

A mensagem de correio electrónico que recebemos era dirigida a um destinatário desconhecido: Malcom XF. Que ligações poderá ter esse elemento à Darkmoon? – diz Sharon.

Eu trato disso. Tenho um amigo influente no departamento de comunicações de uma empresa de tecnologia que me poderá dar uma ajuda. Ele tem uma base dados de mais de 1000 milhões de consumidores em todo o mundo. Se esse tal Malcom XF comer, beber e comprar alguma coisa, em algum lado, nós saberemos tudo, até as pastilhas elásticas que ele masca, ou a marca de cigarros que lhe defumam os pulmões… diz Jason.
 
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Acto II
Por sugestão de mata-hari, aqui deixo, pela sua autoria, mais um acto (II) da Darkmoon:

Entretanto, numa casa-árvore, em Beaconsville, quatro jovens amigos procuram defender a humanidade dos planos de Darkmoon. Louie, Jason, Conrad e Sharon são estudantes de computação na Universidade de Ingleton e, há cerca de um ano, interceptaram um email de um dos elementos de Darkmoon. A partir desse momento, decidiram fazer o impossível para defender a Humanidade das mãos dos terroristas.
 
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quarta-feira, julho 26, 2006
Acto I
BFire, um dos membros da Darkmoon, dá a conhecer os resultados da experiência concebida pelo grupo.

- A experiência foi um sucesso. Daqui a um mês, estamos aptos a dominar 500 milhões de pessoas, divulgou BFire.

- 500 milhões? Só? E quem atacaremos em primeiro lugar, inquiriu Disaster.

- Isso é o nosso líder que tem de decidir. Ele é a nossa voz. O que ele decidir a humanidade agradecerá. Pelo menos, a humanidade que se salvar nesta primeira fase de Ataque Total. Porque o resto da civilização, apenas terá tempo para paralisar com os efeitos da nossa Arma.

O grupo que estava na sala «Estratégia» do bunker decidiu fazer um intervalo. Num dos corredores apertados do bunker, Oliver, o mais novo dos membros da Darkmoon, inicia um diálogo com Crazy, o mais velho de todos, o mais experiente, que leva 30 operações em 15 anos dedicados ao terror global.

- Isto é mesmo possível?, diz Oliver.

- Não é uma possibilidade, é uma questão de tempo. Porque agora que temos «A Arma», temos de nos preparar para tudo, expressa Crazy.

- Crazy, sinto-me nervoso… É a primeira vez que vou participar numa acção pelos nossos ideais. Ainda por cima, este ataque terá efeitos devastadores.

- Não te preocupes. A cumplicidade do grupo levar-nos-á à vitória. Num ápice…
 
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terça-feira, julho 25, 2006
Darkmoon
Depois do caos conseguido nalgumas cidades do mundo, os membros da Darkmoon – uma organização terrorista mundial – reúnem-se num bunker, para criar um plano de ataque diabólico à humanidade. A célula-líder descobriu uma forma de controlar a mente das pessoas, reduzindo-as a uma dimensão vegetativa e robótica. O mundo corre perigo, pois esta arma, nunca antes pensada, pode parar tudo aquilo que o ser humano construiu ao longo de séculos de história. Não mais haverá amanhã, se estes homens não forem interceptados.

(PS: Este é o policial que proponho que cada um de nós continue neste blog. A ver no que dá... Lembrem-se: o mundo pode desaparecer)
 
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segunda-feira, julho 24, 2006
the ways of madness
o estado mental e clínico a que se chama loucura aparece por diferentes motivos... suspeito seriamente da vida na cidade... para além daquilo a que se chama código genético...

bem... onde é que quero chegar?

existe um rapariga na qual nunca tinha reparado... acho mesmo que jamais alguém reparou nela... e a pobre moça vagueava pelo comboio, silenciosa e anónima... até que um dia descubriu a música... pior do que isso, descubriu o que é um leitor de mp3!

um belo dia pela manhã. cansado e com sono... um cenário habitual... mas com uma ligeira diferença que se ouve entre os bancos da carruagem. não se sabe muito bem de onde vem... besos... besos... besos... uma voz monocórdica, sem ritmo, afinação, melodia... nada... apenas besos... besos... percebe-se que é o mais recente single dos Canto del loco (grupo rock/pop espanhol)! single atrás de single... o primeiro dia não lhe descubro a cara...

no dia seguinte a artista volta a marcar encontro com os espectadores... quien es ese hombre... desnuda.... lá está ela cómodamente sentada tocando-se no cabelo... lançando palavras ao vento com a presunção de canções de luxo... o público quase que aplaude!

Ao terceiro dia... o espectáculo must go on... desta vez com direito a preliminares e tudo! a nossa cantora oferece uma pequeno avance daquilo que vai ser o show matinal com direito a coreografia e tudo. um movimento de anca perfeito, balançando o rabo de um lado para o outro de forma totalamente descompassada... e assim começa a viagem com a nossa artista favorita... sapatillas.... lugarito..... mala pasá! besos... besos... besos... na minha paragem, meia hora depois, tenho, uma vez mais, o prazer de a ver dançar... não sei se ao ritmo da música ou do comboio... o rabo mexe-se, os braços sobem, o cabelo balanceia... desço do comboio... um dia mais de trabalho!

esta é a história da louca do comboio...
 
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quarta-feira, julho 19, 2006
Moongate

E se o mundo tomasse conhecimento que a chegada do homem à Lua foi uma fraude? Que, na verdade, o passeio lunar de Neil Amstrong e C& não passou de uma fabricação dos americanos, que procuraram ganhar vantagem na Guerra Fria…

O DN põe a nu essa hipotética conspiração, partindo do livro «20 Grandes Conspirações da História» (editado pela A Esfera dos Livros), do jornalista espanhol Santiago Camacho.

As dúvidas são mais que vãs interrogações:

1.ª - Pesando o módulo lunar 5000 quilos, como se explica que a sua impulsão do solo lunar não tenha provocado um buraco, uma cratera, ou sequer uma nuvem de pó?

2.ª - Porquê que nas fotografias da chegada do homem à Lua não se vislumbra uma única estrela no céu?

3.ª - Porquê que as transcrições das comunicações entre os astronautas e o controlo da missão – onde se inclui a célebre frase «Um pequeno passo para o homem, um grande passo para a humanidade» - tudo soa a guião cuidadosamente planeado e não a frases normais?

Três interrogações que são levantadas por especialistas (Bill Kaysing, Ralph René, Bill Brian, entre outros), e não por meros freaks do apolocepticismo e que me deixam boquiaberto. Para Bill Kaysing e Ralph René, o «pequeno passo para o homem» terá sido alegadamente dado a 150 quilómetros de Las Vegas, nuns estúdios de cinema secretos.

Se Fernando Pessa estivesse vivo, a sua conhecida sentença jornalística pintaria na perfeição este mistério de 20 de Julho de 1969. E esta, hein?
 
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segunda-feira, julho 17, 2006
As coisas que eu gostava de ver inventadas
1– Um ar condicionado do tamanho de um ventilador portátil com um consumo de tal modo baixo que pudéssemos ter um em cada compartimento;

2 – Um aparelho que tirasse as pevides às melancias;

3 - Um carro que funcionasse a água, de modo a deixarmos de depender do médio oriente;

4 – Um medicamento que fizesse nascer cabelo onde ele não existe [ a minha luta para não ser calvo começa a ser perdida… ai ai …]

5 – Um produto que fizesse crescer as árvores dez vezes mais depressa;

6 – Uma pasta de dentes que, de facto, branqueasse os dentes;

7 - Um programa informático que identificasse as necessidades do país e obrigasse os governos a cumpri-las;

8 - Um aparelho que desintegrasse em segundos o lixo e as coisas que compramos e não nos fazem falta, que andam lá por casa aos pontapés;

9 - Um Grande Prémio em que não acontecesse nada de anormal ao Mclaren Mercedes de Kimi Raikkonen;

10 – Um computador que ligasse em 5 segundos;

11 - Um tradutor simultâneo para os espanhóis;

12 – Uma guitarra que ensinasse a tocar;

13 – Um aparelho que bloqueasse a TVI sempre que emite disparates;

14 – Um dispositivo que nos permitisse ver quando uma mulher está interessada em nós…

15 – …E um outro que as calasse de vez em quando.

16 – Uma música que nos fizesse ganhar o festival da Eurovisão
 
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Guerra total vs diplomacia zero

O que fazem o senhor Presidente da República e o recém-empossado ministro dos Negócios Estrangeiros, enquanto assistimos impávidos à deflagração de mais um conflito aberto entre Israel e o Herzbolah?

O senhor PR pensa que é com roteiros que se muda o país e o mundo. Ficaria mais satisfeito se fosse corajoso e transmitisse a Israel, ao Líbano, à Síria, ao Irão e ao governo palestiniano que não é com tanques e rockets que se resolve o problema do Médio Oriente. Ainda que ninguém queira ouvir a formiguinha Portugal, o mínimo que a diplomacia portuguesa tem a fazer é chamar a consultas os representantes dos estados envolvidos neste cenário de guerra declarada, e que não está para aceitar a violação dos mais elementares direitos dos povos da região. É genocida o terrorista que lança um rocket contra o povo de Israel, tal como é genocida o estado que contra-ataca de forma cega sobre as populações onde estão infiltrados os combatentes do Herzbolah.

A administração de Bush - grande conivente com esta guerra - não pode mais pactuar de olhos vendados com a política de Tel Aviv. Caso contrário, será fundada a acusação histórica que recai sobre os EUA: de estar constantemente refém do lóbi judaico.

O senhor Barroso tem também agora uma oportunidade para apelar à marcação urgente de uma cimeira dos 25, para que se ajude a encontrar um ponto de entendimento imediato. O mínimo que tem a fazer é solicitar o congelamento de todos os apoios às partes no conflito. Nem mais um tostão para o Médio Oriente, enquanto os actores da região não cessarem as armas, e se sentem à mesma mesa, sem condições, sem pernas cruzadas ou dedos em riste.
 
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quinta-feira, julho 13, 2006
GM – Grande Maçada

A GM anunciou, através de um dos seus vice-presidentes, que em Dezembro deixa definitivamente a Azambuja. A segunda maior fábrica de automóveis em Portugal vai assim abandonar o país. É estranho compreender as razões da sua saída: tudo por causa de 500 euros no custo final de cada veículo (no total 35 milhões de euros)? O argumento de que sai mais barato produzir o Combo em Saragoça não me convence (ainda que em Espanha seja mais fácil dar apoio à produção da marca). Senão vejamos: quanto ganha um trabalhador da GM em Portugal e um em Espanha? Este dado também não se reflecte nos custos finais de produção?

É tudo uma questão de estratégia, afinal. A empresa quer cortar 30 mil postos de trabalho no globo. Os 1200 da Azambuja representam apenas umas pequena gota nessa opção.

É evidente que o Governo não pode ser responsabilizado pelo fecho da fábrica. Deve no entanto perceber os sinais e procurar novas vias de desenvolvimento. É que, mais cedo ou mais tarde, a Ford-VW irá deixar Palmela. E nessa altura temos de estar preparados para essa verdadeira tragédia nacional.
 
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quarta-feira, julho 12, 2006
Casa sem pio


É intrigante saber que os jornais votaram quase ao esquecimento o assunto Casa Pia. De vez em quando, lá somos brindados com uma ou outra notícia. Terça-feira, o 24 Horas anunciava novas contradições sobre o processo. Em causa, o facto de Felícia Cabrita – testemunha do processo - ter revelado na Segunda-feira, durante o julgamento, que possui um documento que contém uma lista de figuras públicas que, de forma organizada, tentaram obter miúdos da Casa Pia para encontros sexuais.

Hoje, o DN e o JN retomaram os contornos do processo, fazendo referência ao desmentido da ex-secretária de Estado da Família, Teresa Costa Macedo, que veio Terça-feira garantir ser «falso que alguma vez tenha referido nomes de eventuais implicados em práticas de pedofilia».

Uma coisa é certa: o processo Casa Pia tem ainda muito que contar e os meios de comunicação não podem deixar cair no silêncio este caso. A verdade e a Justiça assim o exigem.
 
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segunda-feira, julho 10, 2006
Fogo que arde e se vê

Zizou perdeu o sangue-frio e impôs uma cabeçada no peito de Materazzi. Grosso protagonizou o derradeiro momento do Mundial da Alemanha, com a marcação do último penalty, e a consagração da Itália como campeã do mundo. Está feita a história recente.

Segue-se o Verão. Os incêndios voltaram. A euforia futebolística vai dar lugar à histeria das chamas. Tragicamente, as estatísticas humanas já estão a construir-se: seis vidas perdidas, na Guarda, no dia mais quente do ano.

Enquanto o país vai de férias, a floresta pode contar com altas temperaturas. Talvez o eng. Sócrates traga algum remédio digital. Se conseguisse substituir as imagens dos fogos por jogos virtuais, teríamos uma razão para lhe agradecer o seu excelente trabalho à frente do governo da nação.
 
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sexta-feira, julho 07, 2006
D. Afonso Henriques e o país do quase

Começando pela primeira parte do título, formulo quatro perguntas sobre uma das notícias de destaque de Sexta-feira:

1.ª - Por que é que a senhora ministra da Cultura só soube Quinta-feira que iam abrir o túmulo onde jaz o fundador de Portugal?

2.ª - De quem é a competência legal para autorizar a abertura de túmulos de símbolos e personalidades históricas?

3.ª Aparentemente, e havendo um vazio jurídico numa matéria tão sensível, será que se vai legislar para preencher o vazio com que se alimentam episódios ao estilo Indiana Jones?

4.ª – Quem assume o alegado erro de comunicação no IPPAR, ou para variar, o caso vai morrer também dentro de uma tumba?

Quase que o túmulo do rei de Portugal era aberto e a ministra do rectângulo de 90 mil quilómetros não sabia de nada?! Não valerá antes atribuir a competência em causa a algum responsável do IPPAR - ou de outro organismo do Estado -, já que há outras prioridades nacionais com que a ministra se tenha de preocupar?
***

«Quase» foi o que selecção nacional de futebol atingiu. Tendo nós alcançado a meia-final, dou-me por português satisfeito pela prestação do futebol português na Alemanha. Julgo, todavia, que agora é o momento para começar a sonhar um pouco mais... e, claro, fazer por isso. Scolari deve estar de saída para apreciar o poder monetário da libra, e é a hora de aparecerem os milhares de treinadores de bancada que vivem no país, para fazerem melhor serviço. Têm a sua oportunidade…

No fim de contas, enquanto não esticarmos a corda da exigência, tudo estará condenado à tragédia lusa do quase, quase-tudo. Não quero esperar mais 40 anos até que atinjamos um feito como o de 1966 ou 2006. Não vou culpar o árbitro por um penalty que sem dúvida existiu, ou a sorte pelo quase que (não) conseguimos. Portugal é um patinho feio, sim! Mas o patinho feio pode tornar-se um patinho bonito e sexy (diria Pires de Lima). Se isso ajuda a conquistar campeonato, faça-se uma mudança de imagem e sobretudo um up-grade na alma de um povo que acredita que é pelo sofrimento que se faz história. Eu não acredito no jeito Rei-Edipo de viver. Prefiro a comédia!
 
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Forza Itália

Sempre gostei da Itália. E sempre gostei deles porque ninguém gostava deles. O futebol que praticam é feio. É defensivo. É cruel. É competitivo. Não conheço nenhum comentador desportivo que admire a Itália. Toda a gente dá vivas ao Brasil, à Argentina a Portugal ou no máximo à Inglaterra e França. Mas não à Itália. Porque joga feio.

Pois bem, bem vindos ao mundo real. Em que o que conta são os resultados e nem sempre a estética. A Itália é objectiva, dura, eficaz. A prová-lo estão as 6 finais em campeonatos do mundo de futebol e as 3 vitórias. A mal amada, que nunca é considerada entre as 3 favoritas, joga à defesa, assume-o sem complexos e ganha. Ao contrário, países como Portugal Espanha ou Inglaterra, que jogam muito que têm todos os holofotes contentam-se com vitórias morais.

Este domingo sou completamente Italiano. Mas a squadra de quem ninguém gostava, curiosamente, terá o apoio de mais gente do que a sortuda França. Porque desses sim, dá gozo não gostar.
 
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segunda-feira, julho 03, 2006
Aposta
Egoísmo: fico feliz por mim. Amizade: fico feliz pelos outros. Passado: fico feliz pela memória. Futuro: fico feliz pelo momento dos outros.

Devia ter apostado um livro nessa aposta. Rectifico: devia ter apostado uma biblioteca inteira, e teria ganho. Teria conquistado cem ensaios, cinquenta romances e vinte e cinco biografias. Mas troco essa biblioteca por esse dia de Outono.

Espero pelo momento. Desta vez, sou eu que me vou rir. Um riso de felicidade transparente. Cá vos aguardo.
 
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Sábados e raios de sol
"Abre a janela, deixa o pôr do sol entrar. Ainda que seja a última vez, deixa-me ver o teu sorriso. Levo os meus discos e tu ficas com os teus livros. Desculpa nunca os ter lido mas dizem tanto sobre nós. Sempre a tentar transformar o carinho em amor. Era a receita perfeita mas havia algo que não estava lá.

Desejo-te Sábados e raios de sol, noites perfeitas estreladas. Sonhos doces, a luz da lua e um amor que seja quente e brilhante. Sábados e raios de sol. Uma amizade forte e verdadeira. Oceanos de azul e um quarto com vista, para viveres a vida que escolheres.

Vais escrever-me cartas e eu telefono-te. Estamos a um fio de nos tocarmos e não estaremos sós. Vamos conhecer-nos outra vez e curamos o nosso coração. Não é que fossemos maus juntos, mas somos melhores separados. Tentando sempre ter um e de um fazer dois e apesar de não ter resultado, ainda sinto amor por ti.

Desejo-te Sábados e raios de sol, noites perfeitas estreladas. Sonhos doces, a luz da lua e um amor que seja quente e brilhante. Sábados e raios de sol . Uma amizade forte e verdadeira. Oceanos de azul e quarto com vista, para viveres a vida que escolheres." [ Sun rays and Saturdays - Vertical Horizon]


 
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As costas de Freitas e a mão de Ricardo
Freitas do Amaral saiu do Governo. Quem quer saber que o chefe da diplomacia abandona o Governo – aparentemente por razões de saúde - quando Ricardo defendeu 3 penalties? Mesmo que Portugal fique sem política externa, pelo menos terá a baliza da selecção resguardada.
A equipa inglesa, por seu turno, foi vítima da fúria de Rooney na «zona sagrada» de Ricardo Carvalho. O menino de ouro do futebol inglês terá agora todo o tempo do mundo para se dedicar ao seu passatempo preferido, logo a seguir à bola: comer hambúrgueres.

Lamento apenas que Sven Goren Eriksson deixe o futebol inglês desta forma. É um senhor dentro o fora do jogo, ainda que as coisas nem sempre corram bem. O futebol é mesmo assim: uns dias ganha-se, outros perde-se.
 
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