quinta-feira, abril 30, 2009
Menino tímido


Era um menino tímido, que trocava os vês pelos bês. Brincava com outras crianças. Numa tarde, na meia-hora de ar livre, quando a sineta se lembrava de acordar, o menino tímido reparou que outro menino troçava e dava pontapés numa menina. O menino tímido esqueceu-se 30 segundos da timidez e deu um murro no menino brincalhão. “Agora percebo o que quer dizer a expressão tudo ou nada”, interiorizou o menino tímido. E o menino brincalhão foi fazer queixinhas à professora. E o menino tímido meteu a língua de fora.
 
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Pedra no sapato


O que é que se passa com a clássica e maravilhosa Mostarda Savora, Durante muito tempo a melhor mostarda do mundo? E não, a palavra MUNDO não aparece aqui como uma hiperbole destinada a chamar a atenção. A Mostarda Savora, com aquele sabor macio e amargo ao mesmo tempo com o toque de acidez perfeito no final sempre foi, desde que me conheço como pessoa, a melhor do planeta.

Dá-se o caso que das duas últimas vezes que a comprei saiu-me um sabor muito menos exclusivo e mortalmente subjugado por um picante intenso dentro do estilo "vamos lá ver se te aguentas com este picante Dijon". Mostarda de Dijon, compro-a se quiser. Não é para adulterar o sabor tradicional da Savora que muitas vezes comi à colher de tanto que gostava da festa de sabores que proporcionava.

Se a verdadeira Savora ainda andar por aí, gostava de saber onde. Agradecido.
 
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Chic a valer
Vivemos dias, fruímos momentos com piada, não porque nos saiu um prémio na raspadinha, mas porque pisámos cocó de cão, colocado estrategicamente na linda calçada portuguesa, no elegante Bairro da Lapa.
Vivemos dias, fruímos momentos com piada, não porque nos vai sair o Euromilhões, mas porque repisámos, num intervalo de minutos, cocó de cão, colocado estrategicamente na linda calçada portuguesa, no elegante Bairro da Lapa.
Vivemos dias, fruímos momentos, genuinamente com toda a graça de Deus e mais quatro dentes do siso, não porque a Marisa Cruz vai exibir um novo penteado sexta-feira à noite, nem porque estes pés de chumbo calcaram o que não deviam (à terceira, era mesmo 5 números e 2 estrelas em cheio), mas porque descobri uma fracção do segredo do universo. Desconheço se terá a mesma piada que pisar consecutivamente pastel do Quatro Patas da Lapa, mas, desde já, sei que tenho de reaprender a rir de mim próprio. Chic a valer. Eça escrevê-lo-ia.
 
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quarta-feira, abril 29, 2009
Coisas boas de Portugal (XLI)
Arquipélago das Berlengas (Peniche).
 
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A histeria
Na Nazaré, como em muitas terras do litoral deste país, as peixeiras põem o peixe a secar ao sol. Em Lisboa, como em muitas cidades deste país, os vendedores de jornais, nos quiosques, estendem os matutinos, com molas. À espera que algum leitor queira levá-los para o escritório ou para casa. Mas, às vezes, mais valia que os jornais ficassem a arder ao sol, não porque mereçam esse tratamento inquisitorial, mas porque a histeria provocada pelo mais perfeito predador humano, o vírus, está a dar cabo da cabeça de muita gente. De repente, uma espiral de pânico invadiu os media. Uma vez mais, onde pára o bom senso? Quanto mata a malária todos os anos? UM MILHÃO? TRÊS MILHÕES? Nem sequer há dados rigorosos, tal é a barbárie. Como são africanos ou asiáticos, não interessa. E agora, porque um miúdo que veio dos EUA para Chaves, teve de ser hospitalizado, parece que vem aí o apocalipse?
Bem, prefiro ver a petinga a secar ao sol.
 
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terça-feira, abril 28, 2009
Holismo mecânico
Admito que há objectos dos quais me tornei contagiosamente inseparável. Magnetiza-me, não tanto a funcionalidade, mas o seu perfume misterioso. Sobretudo, os objectos mecânicos, que seguem a lógica do funcionamento do corpo humano: todas as partes concorrem para a harmonia de um conjunto agrupado de elementos e é, nessa natureza, que reside uma sinfonia de perícia. Um relógio, por exemplo. Cada peça, mais simples, encaixa numa outra, mais emaranhada. No interior de um relógio moldam-se movimentos sensíveis, incansáveis, sagrados, litúrgicos. Tic tac, tic tac…
Ter um qualquer ter não faz de nós o que somos, apenas preenche um espaço para que o todo seja mais íntimo, belo e único. Nos objectos, sim, encontramos uma extensão da nossa vida. Como nos relógios…
 
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sexta-feira, abril 24, 2009
O tamanco
"Quem não gosta de tourada não vai lá. Eu não gosto de praia. Então acabem-se com as praias!"

Gonçalo Ribeiro Telles ontem na SIC.

well dude... it's just like... duh!
 
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Carta ao Tempo
Prezado Tempo,

Ainda que me fujas pelos dedos das mãos, gostaria que não fosses tão cruel com os outros seres humanos. Ontem, reparei como zombavas no rosto incontido de um coração nunca visto e arrepiou-me na espinha a tua suprema ironia, por teres consentido que duas pessoas ficassem de costas voltadas para o por-do-sol, na esperança de que o amanhecer chegasse depressa. Da próxima vez que te portares dessa forma desprezível, faz o favor de não me tornares testemunha ocular, desprevenida e furiosa, de um espectáculo constrangedor. Podes até descarregar em mim essa fúria incompreensível, mas lembra-te que eu tenho também uma lição para te transmitir: podes controlar as horas, no entanto nunca estarás à altura de uma única lágrima que ousaste provocar. Presumo que tenha sido uma passagem infeliz da tua parte, reveladora de uma ingenuidade sem limites. Ao contrário do que fazes comigo, concedo-te o benefício da dúvida, porque para mim é singular a máxima “in dubio pro reo”.

Sursum Corda!

Diesnox.

[Dedico este post ao rosto anónimo que fingi não ter visto chorar. Podia ser uma homenagem ao soldado desconhecido, mas é antes a homenagem ao rosto desconhecido].

 
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quinta-feira, abril 23, 2009
Número 7
Olhar à volta. O verde toma conta do cenário. Mais vontade. Acreditar no abraço do suspiro mudo. Respirar aqueles 15 dias de Abril que vestem a natureza de primavera.
 
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Fora da lei
A etiqueta esmaga a liberdade. A etiqueta aniquila a improvisação. A etiqueta é um disparate… No vestir, por exemplo. Será que temos de pôr uma camisa que combine com umas calças e um par de sapatos que não choque com umas calças? Raios de ditadura… e não se pode andar com a roupa sem passar, e não pode haver contraste de cores, e essa peça já não se usa...

A vontade é livre (com excepção, admito, no local de trabalho). A moda, que é a anti-arte mais cómica que conheço, não acolhe palmas com tanta despreocupação? Porque havemos de cobrir-nos com uma combinação tão séria, arranjada e simétrica?
 
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Quebra-cabeças dos Simpsons

Todos nós brincámos com um globo, ou tivemos um puzzle. Mas agora há o quebra-cabeças esférico... e dos Simpsons. Três ideias numa só, melhor que o kinder chocolat. Para os mais curiosos em conhecer esta admirável bugiganga-nongadget... visitem este blogue.
 
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Não me livro de ti
És caos e ordem, alfa e infinito, ómega e tudo, laço e conflito, segredo e palavra, verso e enunciado, sonho e facto, cidade e campo, labirinto e estrada, mulher e pedra, beijo e mar, noite e dia, letra e gatafunho, lágrima e gargalhada, mel e sal, memória e agora, céu e fogo, descoberta e incógnita, gota e sede, lugar e tempo, amor e razão, aparição e fuga, rosto e sombra, pétala e máquina, Lua e vazio, pão e fome, vida e mito, viagem e pausa, luz e caverna…

No teu dia, não me livro de ti.
 
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quarta-feira, abril 22, 2009
Feliz dia da TERRA


Ainda eles não eram conhecidos e este Mother Earth fazia dos Within Temptation uma banda de se lhe tirar o chapéu.
 
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terça-feira, abril 21, 2009
Sábado à noite
Quem não viu o filme TRÁGICO de sábado à noite, na RTP2, pode sempre passar os olhos e ouvidos por este clip. Ou pela versão da BBC.
 
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Malditos pormenores
Abençoo-os num arredado momento de inteligibilidade; amaldiçoo-os na primeira pausa fortuita. Não sei se por defeito, se por vício assimilado, mas capto, com destreza, os pormenores. Contrariamente aos grandes planos, afastados, com os quais me ludibrio facilmente, com os pormenores cristalizo um certo modo de reservar para mim o mundo. O processo é semelhante à fotossíntese das plantas: sintetizo pela luz a minúcia e, et voilà, aí encontro estranhos nutrientes. Absorvo e disseco uma margem invisível dos elementos que me rodeiam, a sua marca, a sua origem, talvez, o seu significado. A isto darei o nome de foto-essência, propensão para focar a singular e frágil beleza do que me envolve. Não raras vezes preferiria que a realidade estivesse desvitalizada.
 
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segunda-feira, abril 20, 2009
60 e tal por cento de cacau
A medicina prescreve: perante uma dor de cabeça, não totalmente desconcertante, 200 mg de ibuprofeno podem resolver a cefaleia. A minha receita é mais radical: porque não 200 gr de chocolate? Passo a explicar: não aconselho a ingestão desenfreada de barras de chocolate, ou em pó, mas atrevam-se a fazer um bolo de chocolate. 62% de cacau puro e 38% de falta de jeito (ou 38% de acaso deliberado) - consoante a arte para juntar os demais ingredientes – e a natureza, acompanhada por um forno a 210 graus Celsius, fará milagres.
Um bolo de chocolate é mais poderoso que qualquer princípio activo: apaga-nos uma dor de cabeça e ainda nos conforta o estômago. Infalível! Aviso: não aplicar a sugestão às dores de barriga.

(A imagem é retirada do Google, mas o bolo existe. Sejamos rigorosos: está em vias de deixar de existir!)
 
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sexta-feira, abril 17, 2009
So é surpreendente, se formos preconceituosos
Clique aqui.

As massas são contraditórias: tanto passam da repulsa como para a contemplação. Eu prefiro chamar a isto "massas com cara de cú". Antes de pensarmos o que o quer que seja, devemos efectivamente parar.

What´s the dream?, pergunta, afinal, Simon Cowell.
 
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quinta-feira, abril 16, 2009
A azáfama dos dias


Under Pressure, Queen & David Bowie.

Fonte: Youtube.
 
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Deus "ex machina"
As asas servem para voar, não é o que diz a música dos GNR? Vi um pássaro amado, porventura um A 319, não sei se da TAP, se da Easyjet. Não consegui boleia. Apenas um relance para confortar-me perante o tráfego do eixo Norte/Sul.
Digamos que os caramelos estão para as crianças como os aviões estão para mim. Asas para voar...

Fonte da imagem: Airliners.net
 
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quarta-feira, abril 15, 2009
De médico e louco.
Fala-se muito em recessão de 3,5% de Porto-Manchester e coisas assim. Ontem os bastonários da ordem dos médicos e da ordem das farmácias tiveram um debate importantíssimo para todos nós na SIC N. Uma hora em que o bastonário das farmácias defendeu que o farmacêutico possa trocar a marca dos medicamentos receitados pelo médico consoante os seus interesses. Uma hora em que o bastonário dos médicos contra-argumentou por achar que as farmácias apenas olham ao lucro e não à saúde.

Parece-me que o governo andou bem ao não permitir que as farmácias entreguem medicamentos de outros laboratórios a seu bel prazer. Médicos que conheço atestam que alguns genéricos não são exactamente como os medicamentos originais. E o que é que os cidadãos acham?
 
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Teste americano

Responda pausada e acertadamente à questão que lhe é colocada.
Advertências: cada resposta incorrecta é penalizada com metade do valor da cotação da pergunta; cada resposta incompleta terá a cotação proporcional. Faça uma boa gestão do seu tempo.
Cotação: 20 valores.

Das imagens, realistas, que está a ver, se pode concluir:

1. Bonito serviço;
2. Pura falta de jeito;
3. Desafinação total;
4. Pânico inaudível da guitarra;
5. Muda de profissão;
6. Arranja outro passatempo;
7. Se não fosse o programa “Novas Oportunidades”, não tinhas futuro;
8. Culpa de uma viola com quase 10 anos;
9. Nem penses que as estações de metro são a solução;
10. Bem feito por inventares acordes;
11. Momento de azar;
12. Instante de sossego para os vizinhos;
13. Sorte para os dedos;
14. Volta a pô-la no local de onde a tiraste;
15. Se te tornares metrossexual, uma manicura irá remediar;
16. Nem Nero foi tão longe com a sua lira;
17. Vais ser roubado no conserto;
18. Não vás a esse concerto;
19. Muda para pífaro, ouviste?;
20. Ao preço que está cada corda, mais vale comprar um jogo inteiro;
21. Tentativa desesperada de tocar China Girl, de David Bowie;
22. Mas essa música é tocável?;
23. No canal Panda fazem melhor;
24. Nenhuma das respostas anteriores está correcta;
25. Todas as respostas são válidas.
 
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terça-feira, abril 14, 2009
Talvez amanhã...
... aborde este assunto. Nada mais, nada menos... as Guerras Púnicas. Três guerras entre Roma e Cartago. Aníbal Barca, sentado no seu imponente elefante, desafia o poder romano... mas há um antes e um depois...
 
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Be nice, s`il vous plaît
Há dias dei comigo a cometer uma originalidade: pus-me a pensar. E concluí: temos de ser mais simpáticos, e afectuosos, e amáveis, e generosos, com todos em geral e com cada um em particular. Em continuum. Não importa tanto as circunstâncias como os imprevistos, porque a maior tragédia que nos pode acontecer é perdermos o assento do autocarro, ou ficarmos sem banco de jardim.

Agora que cheguei a uma conclusão, resta-me interiorizar esta ideia. Lembrem-me que escrevi este desejo, hoje. Cobrem-me esta promessa.
 
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Nós, bloggers?
Este blogue está a tornar-se num lugar comum. Dois autores desistiram definitivamente de nos brindar com as suas peripécias. Foram-se embora sem darem explicações.

Dos dois que mantêm alguma actividade, um até já vai ao ponto de negar a teoria do aquecimento global; o outro, não tem mais que fazer senão vender filosofia barata.

Como se não bastasse, a nossa audiência é semelhante à da TVI 24: devemos ter aproximadamente 4 leitores, sendo que 3 devem ter chegado por acaso (da Índia, também nos procuram, uau!).

A culpa para este caos tem um nome: o nome do blogue. Aliás, nunca percebi a sua origem. Alguém me explica?

As únicas pessoas que se dão (?) ao trabalho de nos comentar, ora a Raquel, e outrora a Sara (e esta já nem comenta!), vêm cá mais por amizade do que por curiosidade.

Não fosse o grafismo naïve, e algumas frases-feitas de autores esquecidos pela própria história, e este espaço já teria sido encerrado. Alguém quer mesmo saber do preço do petróleo? Que tipo de interesse tem a rádio Sun-Rays-Saturdays, quando disponibiliza músicas mais gastas que o vinil? O Gagtoon é humor non-sense ou mesmo a falta dele?

Nem sequer me atrevo a pedir sugestões! Faz-se o que se pode...
 
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segunda-feira, abril 13, 2009
Tetris humano


Pelos vistos, esta coisa é um sucesso no Japão. Palavra de Inês e de Nuno (os meus sobrinhos).
 
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Dr. (White) House
Afinal, não há qualquer equívoco. Quem vai abandonar a série é...
 
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sábado, abril 11, 2009
Santa Páscoa!
Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o reino dos céus.

Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.

Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra.

Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.

Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.

Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.

Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.

Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus.

Bem-aventurados sereis quando vos insultarem, vos perseguirem e, mentindo, disserem toda a espécie de calúnias contra vós. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus.

As Bem-aventuranças (Mt 5, 3-12)
Fonte: CEP.
 
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sexta-feira, abril 10, 2009
Quando a galinha é boa...
... o pinto cresce!
 
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quinta-feira, abril 09, 2009
80 passos*

Bem, o mar é a arte do efémero, do improvável, da ilusão. Há uma certa cadência das ondas, um compasso das marés. Convergimos para um determinado ponto, onde o mar se cruza com o horizonte, e, aí, no tudo, descubro, em vão, um abrigo íntimo para o que secretamente me comove. O mar é uma concha tranquila. Salga-me, remove-me as lágrimas do imediato instante que sou (ou me tornei). O mar é assim: a arte do efémero, do improvável, da ilusão.

* 80 passos é a distância que encontrei, na areia, entre a preia-mar e baixa-mar.
 
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quarta-feira, abril 08, 2009
Do not press this button
 
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terça-feira, abril 07, 2009
uma mentira conveniente?



É que parece que desde 2005 que o planeta está a arrefecer, contrariando as previsões catastrofistas das entidades oficiais, nomeadamente as do Instituto Para as Alterações Climáticas [IPCC]. E se o aquecimento global for apenas um erro global e as oscilações de temperatura estiverem dentro dos padrões normais? Se estas temperaturas mais baixas se continuarem a verificar [reparem na seta verde que nos diz a temperatura de 2008] nos próximos anos, é bem possível que o padrão que se vê no rectângulo seja mais correcto que a linha de subida a pique que nos mostrarm em "uma verdade inconveniente". Open you mind...
 
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Thalassa...
Thalassa, thalassa!
O mar, o mar!

Xenofonte
 
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segunda-feira, abril 06, 2009
What the fuck...?
 
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Neste pedaço de papel com os dias contados
Gosto de gravar frases insignificantes ou enunciados mágicos, contas de cabeça ou cálculos rebuscados, nas margens de jornais, despidos ou recém-comprados. Em qualquer canto, agrada-me, realmente, reproduzir uma ideia, refutar um equívoco, esboçar um desabafo inconsequente. No fundo, é como se essas folhas de papel, amarradas às notícias do mundo, servissem de ardosa para gizar uma parte dos meus sonhos e purificar fios de memórias. E nas margens das manchetes, sensacionalistas ou monótonas, e também no corpo entre títulos gastos, que fico, meros minutos, horas a fio, a embrulhar momentos, num ritual próximo das varinas com o peixe vendido nas praças. É no mais reduzido espaço que, entre anúncios estranhos, corpos eróticos e retratos pálidos ou coloridos, eu pretendesse contrariar a descoberta com o outro. Confesso que escrever por cima de reportagens se revela ainda um feito curioso e um feixe catártico, sinal de uma luz tão intensa, a raiar o simbolismo de um mosaico de metáforas envergonhadas, quase tão próximo da pureza sagrada de um beijo roubado. E não fosse verdade aquilo que acabo de expressar, sentir e querer, com as mãos sujas das folhas de matutino, estaria a defraudar a minha própria necessidade. Nas páginas deste jornal, sem cheiro a sardinhas de olhos vivos nem fanecas frescas, posso ler: Nun`Álvares Pereira (a letras encarnadas) O Galahad português (em lettering preto), páginas 4 e 5 do P2, Suplemento do Público, num Domingo de Ramos, 2009, algures entre o mar, monstros marinhos e sereias perdidas.
 
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sexta-feira, abril 03, 2009
Estupidificação

Incomoda-me que as pessoas, instruídas ou não, aparentemente civilizadas, continuem a abandonar animais, que rapidamente, de domésticos, passam à categoria de sem-abrigo, clandestinos, abandonados, sujos, feridos, com fome e sede, doentes, tristes, num gemer surdo, miar ou latir, em tom “Ajudem-me, que nada fiz para ser gato ou cachorro?"

Não são bichos, são seres vivos do mesmo círculo que nos talha. O modo como tratamos os nossos animais revela aquilo que somos enquanto sociedade, afinal.
 
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[Morfeu] E se um dia...
 
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Diário de bordo
Se paramos, perdemo-nos. E para nos perdermos, antes que seja em movimento. Viajar é mais que um apelo: é uma necessidade umbilical, quase fisiológica. Estar ali e estar onde...

Em Londres, apaixonei-me por uma belga durante 7 dias e 7 noites. Eu e 7 adolescentes. Chamava-se Eva, ou Iva. O nome era um pormenor semântico.

Em Veneza, molhei os pés, arrependi-me da máscara que não comprei. Fitei Lido e flirtei Murano.

Em Pádua, rezei a Santo António e vi mais flashes, em Verona, que personagens shakespereanas.

Em Fortaleza, pisei as areias coloridas, mas preferia as dunas brancas.

Em Nova Iorque, questionei-me nos destroços das Torres Gémeas, vi os fantasmas dos irlandeses que atracaram outrora esfomeados, junto à Estátua da Liberdade, subi ao Empire.

Em Natal, comprei um presépio artesanal, mas de qualidade duvidosa.

Em Oberstäufen, fui à neve e os flocos de neve foram ter comigo. Lembro-me tristemente do tsunami no sudeste asiático.

Em Roma, soprei uma moeda na Fonte dos Amores, Fontana di Trevi, e fiquei mais rico... Fui um romano de sorte por ter visto a fragilidade de um Papa humano no Vaticano.

Em Zurique, comprei um livro sobre a vida de Guilherme Tell.

Em Tessalónica, subi às oliveiras onde Aristóteles pensara que podia solucionar o mundo.

Em Santorini, fumei os ares que extinguiram os dinossauros, na mais esplêndida das luminosidades.

Em Dublin, desiludi-me com a mistura da cevada fervida. Bastou a espuma da Guiness.

Em Paris, tive o mais belo dos jantares, pelo Sena sereno. Eiffel foi um arquitecto de sonhos.

Em Amesterdão, fui ao Anexo da menina-prodígio. Não a vi, mas comunguei a dor dos seus passos.

Em Budapeste, não fosse o frio que me entrava nos ossos, e teria ficado mais tempo a contemplar as gotas do Danúbio.

Em St. Maarten, bebi chá de rum e fui um pirata nada belicoso.

No Tirol, Merano e Bolzano, espreitei pelo mais extraordinário dos vales. Percorri os trilhos de Sissi.

A Veneza voltei... primeira viagem num cockpit de um A319. Obrigado, comandante Daniel Faria.

Em Barcelona, vivi um susto, mas a arte aliviou-me desse momento.



No Domingo, vou nadar com os golfinhos. A muitas léguas daqui...
A terapia dos golfinhos funciona: nadam. Não julgam as pessoas, estranhos ou conhecidos. Nadam e não julgam, bonitos ou feios, ricos ou pobres. Nadam e não julgam.
 
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quinta-feira, abril 02, 2009
Quem quiser saber mais...
... só tem de clicar aqui. Mais sobre um notável porta-voz dos sentidos humanos.
 
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Coisas boas de Portugal (XL)
Castelo de Guimarães (ou direi, antes, o Forte do filho de uma mãe, ou do filho da mãe?)
 
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quarta-feira, abril 01, 2009
Gravidade
Revivo, com alma, os anos em Braga; falta-me só um "bocadinho assim" para limpar isto; venham os aviões a seguir... Quantos são?!

Já me estou a ver: «Bom dia, senhores passageiros! A comunicação não funciona. As leis não servem. Confiem nas 277 toneladas de tecnologia. Ah, aproveitem as nuvens!»
 
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