sábado, agosto 16, 2008
É para rir?
"A intimidação e agressão a países soberanos não é forma de conduzir a política externa no século XXI"

George Bush em relação à intervenção Russa na Georgia
 
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quinta-feira, agosto 14, 2008
Aprender Compensa
Ainda a propósito do espírito olímpico, dedicarei meia dúzia de linhas ao programa "Novas Oportunidades". Quem pensa que a iniciativa é uma aposta na qualificação dos Portugueses está redondamente enganado. Tudo não passa de um logro, de uma invenção perversa que terá efeitos arrasadores no bem-estar de todos, a longo prazo.
Com o alargamento a Leste, a União Europeia transformou-se num espaço de 27 Estados. Sabemos que os antigos satélites da antiga União Soviética herdaram muitos defeitos, mas algumas “boas” obras. A maior foi a formação e a exigência pedagógicas. Acontece que num panorama a 27, Portugal ia cair para a cauda da Europa no ranking dos países com as mais baixas qualificações. A solução acabou por ser desenhada por algum génio em S. Bento: oferecemos uma diploma aos cidadãos e a estatística será contrariada. A receita era simples e tinha pernas para andar: os fundos estruturais de Bruxelas.
O famoso QREN - Quadro de Referência Estratégico Nacional, para o período 2007-2013 -, está aí em marcha. Após 2013, senão antes, vamos olhar para o nosso passado recente e perguntar: para onde foram 18 MIL MILHÕES DE EUROS do último quadro comunitário de apoio? Na verdade, cada formador amealhou uns milhares de euros, os alunos adquiram formação fast-food, e um PC portátil, mesmo que em muitas escolas não haja papel para impressão, mesmo que continuem a não saber distinguir uma conjunção de uma locução. Certamente que há jovens e adultos que estão a aproveitar a experiência de voltar aos bancos de escola, mas esses constituirão uma minoria, longe dos objectivos de exigência que teoricamente se pretendiam do "Novas Oportunidades".
O que ocorrerá com as "Novas Oportunidades" irá multiplicar-se noutras áreas-chave: nas empresas, no ambiente, no desenvolvimento local,...
Não há volta a dar, pois não?
“Aprender compensa”, é o lema das “Novas Oportunidades”. Mas, afinal, o que aprendemos?
 
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terça-feira, agosto 12, 2008
Não há medalhas grátis

Se o Governo, a Presidência da República, ou qualquer entidade, perita em apropriação indevida do esforço alheio, quiser medalhas, que faça por isso. O Estado português é assim batido por ippon. Parabéns ao judoca João Neto!

 
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segunda-feira, agosto 11, 2008
Prato à Pequim
Não podemos ter expectativas irrealistas quanto aos resultados dos Jogos Olímpicos de 2008. Sonhar, sim; delirar, não. Porque o País tem recursos limitados, uma população de 10 milhões de habitantes e, sobretudo, não investe no Desporto. Não há política desportiva em Portugal. Pensar o contrário é não entender o nosso miserabilismo. Queremos medalhas mas não somos capazes de investir e fomentar o desporto de competição? Todas as medalhas que vierem serão fruto da dedicação e do esforço individual dos praticantes, não de uma qualquer estratégia para formar mentes sãs em corpos sãos. Os equipamentos desportivos registaram uma melhoria, mas estão concentrados nas principais cidades. Não há condições para os atletas poderem desenvolver um trabalho para o futuro. Os professores de Educação Física, normalmente os mentores da prática desportiva, encontram-se nos estabelecimentos de ensino em situação precária, saltando de escola em escola, à procura de um local onde possam despertar nas crianças uma chama mais duradoura que a olímpica: desporto é saúde, para toda a vida.
Desporto, em Portugal, é sinónimo de futebol. Tudo o resto é uma miragem, bem longínqua.

[Testemunho que uma das melhores piscinas da Península Ibérica, nos Olivais, em Lisboa, está encerrada, supostamente a título definitivo, até que um promotor imobiliário decida apresentar à Câmara um projecto irresistível de betão. É esta a nossa tragédia].
 
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