Genesis, ou a criação do mundo, ou mais uma descoberta que aí vem, ou mera pseudonotícia-exagero de pacote de embrulho jornalístico. Se a NASA vai revelar-nos vida extraterrestre, Carl Sagan, Jacques Cousteau, Júlio Verne, Leonardo da Vinci, Michael Crichton ou Orson Welles podem ressuscitar, porque a biologia não tem limites. Em definitivo. Superará a ficção e o Universo tem espaço que chegue para acolher surpresas?!
Pelos vistos, os episódios da fruta com a selecção nacional para os lados do Jamor são "peanuts" comparados com a festança dos georgianos na cimeira da NATO. E dos arménios também. Esta NATO, como esta Europa, tornaram-se irremediavelmente uma confusão: não se percebe muito bem onde está a fruta podre.
Não deixa de ser uma coincidência, ou inevitável acaso: será o coreano (do sul), Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, a ter que gerir o mais grave incidente entre as duas Coreias. Começou a guerra? Ou estamos perante mais um provocação e reacção e diz-que-disse (não se sabendo quem fez o primeiro disparo, e mais ainda, quando começa e quando acaba este episódio de pré-guerra anunciada)?
O Air Force One, o mais perfeito e mediático dos aviões presidenciais, partiu. E é bom que voltemos depressa para o quodiano: a fome, por exemplo. Em Portugal, e não para lá das nuvens.
Apenas uma nota sobre a Cimeira da NATO - e que serve para todos os encontros e fora diplomáticos - para termos sempre em conta: os Estados não têm amigos, têm interesses. A História demonstra-o com exemplos infindáveis. É sempre assim, ao fim e ao cabo. Não há alianças baseadas na mera amistosidade, há jogos estratégicos, de poder, nashianos, que, em teoria, se supõem serem de soma positiva, ou, desde logo, cooperativos.
No dia em que começa a Cimeira da NATO, proponho um olhar para o céu, para sentirmos, talvez, que os átomos que nos compõem são infinitamente cintilantes e mutáveis. E, sim, o Universo é quase eterno. The Hubble at work. Imperdível!
Foi nos anos 1980, o gadget-revelação. Agora, o "walkman" vai passar à história - tal como o Spectrum 128k, o bip, o Vinil, as disquetes de computador e o gravador de vídeo -, porque a Sony vai deixar de fabricar o original. Qualquer dia, teremos de abrir um museu para protegermos estas preciosidades e mostrá-las aos mais novos. Inquieta só de pensar que acumulamos mais tecnologia num telemóvel que em todas as descobertas da história da humanidade.
Hoje, 1 de Novembro de 2010, dia de Todos-os-Santos, começou uma nova era do Estado Social em Portugal. Se quisermos, morre o Estado Social actual e temos pela frente uma primeira e dolorosa impressão do que vai ser o amputado, grangrenado, atacado e vilpendiado Estado Social da III República (e nem sei se esta vai resistir tanto tempo!). Acabar com o abono de família para rendimentos acima dos 630 euros é, sem dúvida, um grande passo para o estrangulamento de uma criação brilhante. Mais do que estranha, é absolutamente desumana esta decisão. Quem sofre as consequências não é quem fintava o sistema, mas quem dele carecia cirurgicamente. Parabéns, Portugal!