Os banqueiros escreveram uma carta à Comissão Europeia onde protestam contra as regras que o Governo português quer impor para que possam servir-se de 12 mil milhões de euros disponíveis num momento financeiramente descontrolado e imprevisível. Parece incrível: a banca, que durante anos alimentou o crédito fácil sujeitando-nos às suas normas, não quer agora cumprir condições mínimas perante a entidade que lhes vai salvar o pêlo (chamemos-lhe Estado). Têm sempre uma alternativa: os seus accionistas que arranjem o dinheiro por motu proprio e assim já não precisarão da ajuda central.
Na última década, os lucros fabulosos da banca foram reais ou agora constatamos que não passaram de fogo de artifício? Evaporaram-se?
O BPI tem uma exposição à dívida italiana de mil milhões de euros. O BCP vale pouco mais de 10 cêntimos na bolsa. A CGD está num PAP diabólico por causa do BPN. O BES quer ir ao porquinho mealheiro, mas não conseguiu superar traumas do passado.
Obviamente que a missão do Estado não é gerir bancos, mas se vai emprestar 12 mil milhões de euros, tem, pelo menos, o dever de acautelar o interesse público. “Elementar, meu caro Watson”.
A próxima guerra no Médio Oriente está próxima. Enquanto a chanceler Merkel oferece um peluche a monsieur Sarkozy, e o especialista em bluffs, duplo em telefonemas-fantasma e encenações de golpes de Estado, quase ex-Primeiro-Ministro Papandreou destrói o resto de credibilidade do Euro e do projecto europeu, limpam-se as armas para os lados do coração da Eurásia/África. Israel irá atacar instalações militares do Irão. É certo e uma questão de “timing”. A especulação dos agiotas do costume que querem destruir com a mais avançada das criações do Velho Continente no pós-II Guerra, é uma brincadeira superficial comparada com o que se avizinha entre Tel Aviv e Teerão. Agora, sim, podem falar em armas de destruição massiva.