Um dia gostava de conhecer a Rússia. Mais que a China ou a Índia, sonho calcorrear o território mais vasto do mundo. E percorrer algumas datchas, passear pelas ruas de Sampetersburgo e pensar realmente o que foi a Rússia: se um país da Europa, da Ásia, ou uma terra solitária.

Esta Rússia de Valdimir Putin soa-me a ex-RDA, a um estado frio, obscuro, que persegue os cidadãos activos, com máfias infiltradas nos círculos do poder político e económico, com uns serviços secretos aniquiladores das opiniões livres, uma casa a cair de podre. Com uma diferença: nunca a Europa dependeu da RDA e a Europa precisa do gás russo.

É óbvio que os interesses dos estados não são os desejos das pessoas. Mas não será de perguntar a Putin, se quer abrir a Rússia ao mundo ou continuar a fazer dela aquilo que não gostamos?