quarta-feira, outubro 08, 2008
Coelho da cartola

«Gosto tanto da Alemanha que prefiro que sejam duas.»
François Mitterrand

«Gosto tanto da Europa que prefiro que elas sejam 27».
Angela Merkel

Sim, todos gostamos da nossa casa, a Europa, mas se atribuirmos real atenção a estas afirmações, chegaremos à conclusão que não devemos confiar nesta crise-bluff, muito menos nos seus artesãos da solução.
A banca quer que cumpramos os nossos créditos, mas pede aos Estados e aos bancos centrais que dêem garantias sobre depósitos feitos naquelas instituições. É o mesmo que irmos pedir ao nosso vizinho, mais rico da nossa rua, que seja fiador de todos créditos que eu possa contrair…Um dia terá de acabar esta ficção de pensarmos que as acções fazem de nós donos de alguma coisa. Somos meros instrumentos de um circuito cavernoso, com pouca informação, e do qual muitos despudoradamente se servem para enriquecer sem pensar que não haverá consequências. Não são as Casas da Moeda, nem propriamente os Governos, nem os bancos centrais que vão resolver o que quer que seja, porque há um défice enorme de um dos elementos básicos das relações humanas, incluindo os negócios: verdade. Alguém leva a sério o Governador do Banco de Portugal quando diz que não haverá recessão? Alguém sabe dizer quanto vai custar este carrossel de ilusões, truques e falsas expectativas? Nada na manga...

PS: Por cá, é um erro reconhecer a independência do Kosovo. Mais outro tiro no pé.

 
Lavrado por diesnox at quarta-feira, outubro 08, 2008 | Permalink |


1 Comments:


At 1:13 da tarde, Anonymous Anónimo

Miúdas????!!!!