sexta-feira, janeiro 29, 2010
Justiça de avental
A greve é um direito legítimo dos trabalhadores. Não está em causa se os enfermeiros recorrem a ela como ultima ratio para promover o seu caderno de reivindicações. O que não posso aceitar é a história que esta manhã ouvi, na rádio. Um homem, há quatros dias internado num hospital, em preparação cirúrgica, foi despachado para casa, por causa da greve. Obviamente que as greves têm impacto e, por isso, é que são medidas extremas. Mas há limites, e o direito a uma intervenção cirúrgica - presumo que estar quatro dias internado a soro para vir ser operado aos intestinos seja motivo grave e urgente - devia assumir base legal, equiparável à segurança e ao funcionamento de certos serviços vitais (água, luz, transportes e telecomunicações). Não é assim que se dá credibilidade a uma geração de indivíduos com vínculos precários e sem perspectivas. O corporativismo sem rosto e perverso enfraquece a voz dos que merecem outro tratamento. 
Uma notícia como a do assassinato de um físico iraniano é sempre um destaque bombástico. A minha primeira impressão foi de uma simplicidade corrente: claro que teve o dedo de alguns serviços de inteligência internacional. Mossad? CIA?