sexta-feira, abril 29, 2011
Monarquia vs República
A Monarquia é mais que um regime político: é uma escola de marketing poderosa e bem conhecedora. O sistema, porém, não me convence. Entre o colorido do conto de fadas no seguimento da linhagem perpétua ou a busca de um ideal aliado à escolha, características genuínas da República, opto claramente pela segunda. Apesar de todos os defeitos, a República é um interruptor: decido em consciência os meus representantes, concedo ou o voto ou o protesto. Aceitar o sangue e a origem como um destino é permanecer, em certa medida, no feudalismo dos títulos e da triologia clássica: nobreza, clero e povo. Ora, todos somos povo e essa é uma constatação que a Monarquia afasta no seu íntimo. Repugna-lhe o reconhecimento de que somos todos iguais e livres.
Mesmo que haja muito por fazer, a República deve continuar o seu caminho de busca do bem-estar de todos, numa comunidade entre pares. Nada de mesas de cavaleiros inspirados, honrados ou pré-destinados. A vida é mais que um brasão e meia dúzia de propriedades. É a passagem em que cada um se encontra no mesmo patamar. Sem excepções, sem justificações. E não me venham dizer que Portugal já foi grande quando foi uma Monarquia. Atribuir à coroa a obra e feitos de outras épocas é desconsiderar que quem faz a história são os homens e não os modelos. Também ajudam é verdade, e por isso, opto, sem hesitações, pelos ideais da França de 1789. Aos casados de fresco, uma simples mensagem plebeia: be happy!
Mesmo que haja muito por fazer, a República deve continuar o seu caminho de busca do bem-estar de todos, numa comunidade entre pares. Nada de mesas de cavaleiros inspirados, honrados ou pré-destinados. A vida é mais que um brasão e meia dúzia de propriedades. É a passagem em que cada um se encontra no mesmo patamar. Sem excepções, sem justificações. E não me venham dizer que Portugal já foi grande quando foi uma Monarquia. Atribuir à coroa a obra e feitos de outras épocas é desconsiderar que quem faz a história são os homens e não os modelos. Também ajudam é verdade, e por isso, opto, sem hesitações, pelos ideais da França de 1789. Aos casados de fresco, uma simples mensagem plebeia: be happy!