Nunca devemos tomar os leitores por parvos. Nem mesmo quando desembolsam 2.75 euros para comprar uma revista, que há muito tempo se tornou num aglomerado de folhas soltas, sem novidade, só desilusão. A opinião é livre, até mesmo a publicada. E se a publicação queria manifestar o seu apoio à causa do «Sim», no que toca à liberalização do aborto, podia simplesmente ter uma visão mais rigorosa e sem subtilezas. Bastava fazer como «Le Monde Diplomatique» (versão portuguesa), que assumiu, sem papas, a sua posição. Não se queixem, pois, que a imprensa perde audiências. Pior cego é aquele que não quer ver...