quinta-feira, fevereiro 14, 2008
Anedotas em tamanho XXL
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Por cá, há muito já temos o que merecemos. Há agora uns generais que prevêem uma revolta social. Generais que metem mais água que os novos blindados Pandur. Na memória, o mistério da aquisição das fardas do exército por esclarecer; a história da compra dos submarinos para a marinha por contar; ou a vergonha das reformas chorudas que os ditos generais levam para casa, enquanto os pensionistas civis contam cêntimo a cêntimo o que sobra para o mês seguinte. Querem liderar uma explosão social em nome de quem, afinal?
Lá longe, em Timor, é exactamente aquilo que parece: um caos. Não há canto que aguente tanta desordem e miséria. Um país sem Estado, governado pelas mesmas famílias que fizeram a guerra civil, a guerra contra a ocupação indonésia e, agora, a guerra contra o vazio. Horta ou Xanana foram vítimas do laxismo e de uma fé, que por ser excessivamente boa, soa a cedência a chantagem aos esquecidos da independência. Essa fé não resolverá os problemas de Timor. Faltam as obras: educação, infra-estruturas, agricultura, alguma indústria, turismo, instituições, autoridades transparentes. Caso contrário, Timor não passará de um ilha habitada por selvagens, governada por corruptos, guardada por um colonizador piedoso e por estados zelosos dos seus próprios interesses. Ontem, a Austrália pediu desculpa aos aborígenes. Amanhã, será Timor a pedir desculpa por se ter tornado numa espécie de Sudão do sudeste asiático.
Lavrado por diesnox at quinta-feira, fevereiro 14, 2008 | Permalink |
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