sexta-feira, janeiro 23, 2009
Hey, I can be a jerk to people I haven't slept with. I am that good.
Escrevia Joel Neto há umas semanas atrás na revista d' O Jogo que o Dr. House era a personagem mais bem escrita para televisão. E é mesmo. Carrancudo. Maldoso. Cruel. Sarcástico. Desgrenhado. Dr. House, maravilhosamente interpretado por Hugh Laurie, é tudo o que os heróis nunca foram nem deviam ser. Ele é apenas humano. Como todos nós. É o chefe arrogante, mas competente que muitos têm que enfrentar no dia-a-dia. É o drogado disfarçado de profissional respeitado. É o homem de meia idade que não sabe enfrentar o amor. É o cobarde e o louco que arrisca sem saber o resultado. É o garoto que prega partidas. É o amargurado que não perdoa à vida o que lhe reservou. É um sentimentalão que, disfarçado de mau, faz o bem conscientemente.
Mas a profundidade dramática do personagem é enaltecida pelos outros. Eu arrisco-me a dizer que existe em função dos outros, que o rodeiam.

Gosto de todos. Mas o meu preferido é o Wilson. O Wilson é o amigo desencantado e ao mesmo tempo maravilhado com a personalidade de House. É como uma mãe. Está lá para ajudar e cuidar, não se surpreende com as asneiras, nem com os telefonemas às 4 da manhã, típicos de puto mimado que apenas confia numa pessoa. Wilson é o único amigo de House e o único que não tem o secreto desejo de o dominar. É o verdadeiro herói da série.

Algumas das falas da série House são realmente admiráveis. Fazem-nos gostar e odiar este protagonista improvável. House é um de nós. É terrivelmente humano.
 
Lavrado por Ice-device at sexta-feira, janeiro 23, 2009 | Permalink |


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