sexta-feira, abril 03, 2009
Diário de bordo
Se paramos, perdemo-nos. E para nos perdermos, antes que seja em movimento. Viajar é mais que um apelo: é uma necessidade umbilical, quase fisiológica. Estar ali e estar onde...
Em Londres, apaixonei-me por uma belga durante 7 dias e 7 noites. Eu e 7 adolescentes. Chamava-se Eva, ou Iva. O nome era um pormenor semântico.
Em Veneza, molhei os pés, arrependi-me da máscara que não comprei. Fitei Lido e flirtei Murano.
Em Pádua, rezei a Santo António e vi mais flashes, em Verona, que personagens shakespereanas.
Em Fortaleza, pisei as areias coloridas, mas preferia as dunas brancas.
Em Nova Iorque, questionei-me nos destroços das Torres Gémeas, vi os fantasmas dos irlandeses que atracaram outrora esfomeados, junto à Estátua da Liberdade, subi ao Empire.
Em Natal, comprei um presépio artesanal, mas de qualidade duvidosa.
Em Oberstäufen, fui à neve e os flocos de neve foram ter comigo. Lembro-me tristemente do tsunami no sudeste asiático.
Em Roma, soprei uma moeda na Fonte dos Amores, Fontana di Trevi, e fiquei mais rico... Fui um romano de sorte por ter visto a fragilidade de um Papa humano no Vaticano.
Em Zurique, comprei um livro sobre a vida de Guilherme Tell.
Em Tessalónica, subi às oliveiras onde Aristóteles pensara que podia solucionar o mundo.
Em Santorini, fumei os ares que extinguiram os dinossauros, na mais esplêndida das luminosidades.
Em Dublin, desiludi-me com a mistura da cevada fervida. Bastou a espuma da Guiness.
Em Paris, tive o mais belo dos jantares, pelo Sena sereno. Eiffel foi um arquitecto de sonhos.
Em Amesterdão, fui ao Anexo da menina-prodígio. Não a vi, mas comunguei a dor dos seus passos.
Em Budapeste, não fosse o frio que me entrava nos ossos, e teria ficado mais tempo a contemplar as gotas do Danúbio.
Em St. Maarten, bebi chá de rum e fui um pirata nada belicoso.
No Tirol, Merano e Bolzano, espreitei pelo mais extraordinário dos vales. Percorri os trilhos de Sissi.
A Veneza voltei... primeira viagem num cockpit de um A319. Obrigado, comandante Daniel Faria.
Em Barcelona, vivi um susto, mas a arte aliviou-me desse momento.
…
No Domingo, vou nadar com os golfinhos. A muitas léguas daqui...
A terapia dos golfinhos funciona: nadam. Não julgam as pessoas, estranhos ou conhecidos. Nadam e não julgam, bonitos ou feios, ricos ou pobres. Nadam e não julgam.
Em Londres, apaixonei-me por uma belga durante 7 dias e 7 noites. Eu e 7 adolescentes. Chamava-se Eva, ou Iva. O nome era um pormenor semântico.
Em Veneza, molhei os pés, arrependi-me da máscara que não comprei. Fitei Lido e flirtei Murano.
Em Pádua, rezei a Santo António e vi mais flashes, em Verona, que personagens shakespereanas.
Em Fortaleza, pisei as areias coloridas, mas preferia as dunas brancas.
Em Nova Iorque, questionei-me nos destroços das Torres Gémeas, vi os fantasmas dos irlandeses que atracaram outrora esfomeados, junto à Estátua da Liberdade, subi ao Empire.
Em Natal, comprei um presépio artesanal, mas de qualidade duvidosa.
Em Oberstäufen, fui à neve e os flocos de neve foram ter comigo. Lembro-me tristemente do tsunami no sudeste asiático.
Em Roma, soprei uma moeda na Fonte dos Amores, Fontana di Trevi, e fiquei mais rico... Fui um romano de sorte por ter visto a fragilidade de um Papa humano no Vaticano.
Em Zurique, comprei um livro sobre a vida de Guilherme Tell.
Em Tessalónica, subi às oliveiras onde Aristóteles pensara que podia solucionar o mundo.
Em Santorini, fumei os ares que extinguiram os dinossauros, na mais esplêndida das luminosidades.
Em Dublin, desiludi-me com a mistura da cevada fervida. Bastou a espuma da Guiness.
Em Paris, tive o mais belo dos jantares, pelo Sena sereno. Eiffel foi um arquitecto de sonhos.
Em Amesterdão, fui ao Anexo da menina-prodígio. Não a vi, mas comunguei a dor dos seus passos.
Em Budapeste, não fosse o frio que me entrava nos ossos, e teria ficado mais tempo a contemplar as gotas do Danúbio.
Em St. Maarten, bebi chá de rum e fui um pirata nada belicoso.
No Tirol, Merano e Bolzano, espreitei pelo mais extraordinário dos vales. Percorri os trilhos de Sissi.
A Veneza voltei... primeira viagem num cockpit de um A319. Obrigado, comandante Daniel Faria.
Em Barcelona, vivi um susto, mas a arte aliviou-me desse momento.
…
No Domingo, vou nadar com os golfinhos. A muitas léguas daqui...
A terapia dos golfinhos funciona: nadam. Não julgam as pessoas, estranhos ou conhecidos. Nadam e não julgam, bonitos ou feios, ricos ou pobres. Nadam e não julgam.
Sim, se paramos, perdemo-nos :)
Adorei este teu post viajante
Beijinho e até um dia destes...