quarta-feira, abril 29, 2009
A histeria
Na Nazaré, como em muitas terras do litoral deste país, as peixeiras põem o peixe a secar ao sol. Em Lisboa, como em muitas cidades deste país, os vendedores de jornais, nos quiosques, estendem os matutinos, com molas. À espera que algum leitor queira levá-los para o escritório ou para casa. Mas, às vezes, mais valia que os jornais ficassem a arder ao sol, não porque mereçam esse tratamento inquisitorial, mas porque a histeria provocada pelo mais perfeito predador humano, o vírus, está a dar cabo da cabeça de muita gente. De repente, uma espiral de pânico invadiu os media. Uma vez mais, onde pára o bom senso? Quanto mata a malária todos os anos? UM MILHÃO? TRÊS MILHÕES? Nem sequer há dados rigorosos, tal é a barbárie. Como são africanos ou asiáticos, não interessa. E agora, porque um miúdo que veio dos EUA para Chaves, teve de ser hospitalizado, parece que vem aí o apocalipse?
Bem, prefiro ver a petinga a secar ao sol.
 
Lavrado por diesnox at quarta-feira, abril 29, 2009 | Permalink |


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