quarta-feira, maio 06, 2009
O inexplicável
"Felix qui potuit rerum cognoscere causas".
("Feliz daquele que pôde conhecer as causas das coisas".)
("Feliz daquele que pôde conhecer as causas das coisas".)
Virgílio
Procuro, inconformadamente, encontrar sempre uma explicação para a totalidade das minhas acções. Reconheço a priori que é um erro, quiçá uma ingenuidade. Ora, os nossos actos e decisões não têm de assentar numa raiz certa, ou numa equação causa/efeito. Há muito mais que a Razão e a busca de uma leitura cartesiana das coisas. [O simples acto de dedicar meia dúzia de frases sobre por que fazemos o que fazemos é, por si só, uma tarefa excessivamente racionalizada].
Comprometemo-nos com o pensamento, mas este não tem de nos retribuir com respostas objectivas e encadeadas.
É, por isso, sensato interiorizar que as nossas vidas têm de saber lidar com o mistério, o inexplicável, o enigma. Se tivéssemos a capacidade de dissecar, com regra e esquadro, a realidade dos nossos passos, não seriamos homens com defeitos, mas divindades exemplares. Aceitar que nem tudo tem de encontrar um modus essendi racional não é necessariamente uma fatalidade, uma tragédia. É, sim, uma evidência, uma verdade modesta. [E acreditem que faço um esforço considerável para explicar a natureza dos meus actos e os da nossa espécie].
Procuro, inconformadamente, encontrar sempre uma explicação para a totalidade das minhas acções. Reconheço a priori que é um erro, quiçá uma ingenuidade. Ora, os nossos actos e decisões não têm de assentar numa raiz certa, ou numa equação causa/efeito. Há muito mais que a Razão e a busca de uma leitura cartesiana das coisas. [O simples acto de dedicar meia dúzia de frases sobre por que fazemos o que fazemos é, por si só, uma tarefa excessivamente racionalizada].
Comprometemo-nos com o pensamento, mas este não tem de nos retribuir com respostas objectivas e encadeadas.
É, por isso, sensato interiorizar que as nossas vidas têm de saber lidar com o mistério, o inexplicável, o enigma. Se tivéssemos a capacidade de dissecar, com regra e esquadro, a realidade dos nossos passos, não seriamos homens com defeitos, mas divindades exemplares. Aceitar que nem tudo tem de encontrar um modus essendi racional não é necessariamente uma fatalidade, uma tragédia. É, sim, uma evidência, uma verdade modesta. [E acreditem que faço um esforço considerável para explicar a natureza dos meus actos e os da nossa espécie].
Lavrado por diesnox at quarta-feira, maio 06, 2009 | Permalink |
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