segunda-feira, outubro 11, 2010
Estudo Geral de Lisboa
No centenário da Universidade de Lisboa, tal como na celebração dos 100 anos da República, aparecem as mesmas figuras da destruição recente das finanças e da identidade colectiva do país. A excepção é Ramalho Eanes e merece um sincero elogio, pela lucidez. Sampaio e Soares deviam remeter-se ao silêncio, porque um e outro só deixaram poeira e mistério. Que Sampaio explique por que razão demitiu Santana Lopes em 2005, que eu nunca percebi. E Soares que recuse em continuar a pactuar com este autêntico acto criminoso perpetrado pelos socialistas na desgovernação do Portugal nos últimos anos.
Sampaio Nóvoa, reitor da UL, acerta parcialmente nas palavras. Sim, “A Universidade precisa de liberdade para servir”, mas, infelizmente, a maior universidade de Portugal parou no tempo. Por lá pulula muita liberdade de gente que se serve... E Bolonha foi a cereja no bolo deste malfadado fado do ensino exigente, sério, crítico, criativo e pedagógico. A Universidade, como sempre postulo, é apenas o espelho de tudo o que nos rodeia, com os seus destruidores vícios, naturalmente. Coisificou-se. D. Dinis estaria certamente envergonhado dessa manta de retalhos de saber do seu Estudo Geral de Lisboa. Classe, na Clássica de Lisboa de hoje, na busca de rasgo e precursão na aprendizagem, não notei nem noto. "Ad lucem" é obra que não se vê.
 
Lavrado por diesnox at segunda-feira, outubro 11, 2010 | Permalink |


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