quarta-feira, maio 25, 2011
A Europa imaginária da confiança

Gosto dos Gregos. Um povo que nos deixou uma das mais belas e criativas heranças: no pensamento, estética, artes e ciência. Muito do avanço que a humanidade conheceu, deve-se às cidades-Estado helénicas. Permanece, na história, nos costumes, nos livros, nos mitos e no quotidiano, o seu modo ousado e dedicado de compreender o ser e o mundo.

No ano de 2011, a Grécia, parte integrante da União Europeia e da Zona Euro, depara-se com um problema sério, do qual só se lhes podemos imputar uma parcela da responsabilidade. A atenuante em relação ao prevaricador é explicada do seguinte modo: os Gregos esconderam o real estado das suas contas (alimentando um estilo de vida insustentável), mas toda a Europa suspeitava, ou sabia, preferindo fechar os olhos, sobre as contas manipuladas, marteladas, de Atenas.

Será, assim, que os Gregos merecem ser expulsos da Zona Euro? Não. E não apenas pelo efeito contágio a Portugal e Irlanda, mas porque a Europa, ao decidir abandonar os Gregos, estará, a prazo, a condenar o projecto europeu.
A Europa merecia outros líderes. Interessa-me saber por que estão a destruir um projecto que levou meio século a cimentar, e agora graças ao egoísmo franco-alemão e à tentativa de germanização de Merkel, caminhamos para um continente isolado, sem rumo, sem ideias.

A inversão de interesses, a ausência de valores, respostas e de solidariedade estão definitivamente a derrubar a casa de Schuman, Delors e Monet, Adenauer, Hallstein, De Gasperi, Spaak e outros estadistas de uma Europa coesa, pacífica, solidária e pujante. E os Gregos serão a primeira vítima? Ao contrário do que defende Paul Krugman, a Europa vive já num “mundo imaginário da confiança”. E cruel, temível e terrível!

 
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sexta-feira, maio 20, 2011
O melhor pedido de casamento de sempre?


Ice-device, esquece lá o betwin, os vídeos podem dar mais dinheiro... e felicidade!

A história, aqui.


 
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quarta-feira, maio 18, 2011
Crash monetário de mão dada com a revolta social

A chanceler alemã, Angela Merkel, considera que na Grécia, Espanha e Portugal – só faltou a Irlanda, para termos o suíno inteiro – os cidadãos gozam de muitos dias de férias e reformam-se cedo. No fundo, Merkel quer nivelar todos os Estados em direitos, de acordo com as regras alemãs, já que o subliminar da chanceler adverte que é a Alemanha que faz o Euro: a moeda europeia, formosa, mas não segura. É o mais recente episódio do “ou fazem o que vos mando ou estão arrumados!”

Primeiro: nunca me perguntaram se devia ter Moeda Única, mas sei que se um dia nos quiserem expulsar desse reino, também não me irão dirigir um convite em tom delicodoce. O aviso prévio será de poucas semanas…

Se alguma vez sairmos do Euro, tenho a certeza absoluta que enfrentaremos uma crise com uma agitação social avassaladora. Por que irá revoltar-se este povo de brandos costumes? Por duas razões. Primeiro, porque os empréstimos à banca irão sofrer correcções na ordem dos 30 a 40 por cento (ou seja, os proprietários com hipoteca da banca, que devam 100 mil euros vão ficar a dever 130/140 mil, da noite para o dia, quase por decreto). Segundo, os depositantes verão os seus depósitos desvalorizarem numa proporção idêntica, descendente: quem tem 100 mil euros ficará com 15/16 milhões de escudos na sua conta. Será terrível, mais ainda quando os consumidores se depararem com os produtos de supermercado a um preço de fugir (a importação de bens alimentares e a destruição da agricultura que, aliás, a aliança franco-alemã também nos sugeriu - tem destes perigos). E não adiantará seduzir com vídeos e powerpoints os Alemães, Finlandeses e Espanhóis. Eles estarão cegos e surdos à nossa pedinchice. Estaremos Euro-Out!

 
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terça-feira, maio 17, 2011
Bigodes
Ponham os olhos nestes exemplares da verdadeira apresentação. Há múltiplas formas de trabalhar a barba, bigodes e suíças do world macho man. Há o estilo Luís XIII, Pirata das Caraíbas, Senhorzinho Malta, o tirolês, Gengis Khan, Tio Sam e o que a nossa criatividade quiser associar a alguma personagem da ficção ou herói da História. Por enquanto, esta é a realidade.
Bernardino Machado estaria orgulhoso!

Fonte: Folha.com
 
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domingo, maio 15, 2011
Chinês corta pepinos com cartas de jogar


Há imaginação para todos os gostos. E capacidades ainda mais estranhas. Bai Dengchun corta pepinos com cartas de jogar no programa "China Tem Talento". A partir de agora, cuidado com as cartas...

Leia o resto da história no DN.
 
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sábado, maio 07, 2011
Casio F-91W
Nunca pensei que o Bin Laden tivesse um Casio... era o seu adereço preferido, aliás. Relógio de terrorista? Quem nunca teve um Casio? Vou continuar a guardar o meu velhinho Casio W-48B, porque este mundo é perigoso.
 
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sexta-feira, maio 06, 2011
Struggle Men


"If you want to come to Portugal, talk to me, yeah..." Dá-lhe Falâncio!




Portugal é mix de Jel e Sócrates. Circo e bancarrota.


Fonte: Expresso.
 
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quinta-feira, maio 05, 2011
Um homem sentimental
Um homem sentimental, pois bem. Um homem que em seis anos duplicou a dívida de 80 para 160 mil milhões de euros. Um homem que se vangloriava, bradando que estava para nascer um primeiro-ministro que tenha feito melhor do que ele no combate ao défice (e em 2010, foi de 9,1%). Um homem que se diz defensor do Estado social e retirou o abono de família a 645 mil crianças em seis meses. Um homem que quer uma sociedade qualificada e consegue atribuir menos 12 bolsas de estudo a estudantes do ensino superior. Um homem que ficará com a marca de 700 mil desempregados. Um homem que pretendia fazer reformas e deixa a Justiça atingir o ponto mais crítico do Portugal democrático (cara, burocrática e injusta). Um homem que reduziu os vencimentos da função pública. Um homem que nunca foi o exemplo - construiu uma vida de casos, todos mal explicados. Enfim, era uma vez um homem sentimental que nos levou à pré-bancarrota, e foi preciso pedir ajuda ao exterior para nos emprestarem 78 mil milhões de euros. Este não é um homem sentimental, é um político louco, da mais refinada mediocridade, incompetência e falsidade.

[E assim quebrei o jejum de evitar escrever sobre estes assuntos. Não podia resistir mais.]

 
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segunda-feira, maio 02, 2011
O medo
Osama Bin Laden era o rosto da mais poderosa organização de aniquilação de inocentes à escala global. Dez anos de perseguição culminaram no golpe final ao inimigo n.º 1 da América. Pessoalmente, prefiro a captura de terroristas… para serem julgados por outros homens, de acordo com as leis. Uma hipótese que caiu agora por terra.
Quatro notas sobre os efeitos da operação que eliminou o líder da Al-Qaeda.
Está assegurada a reeleição de Barack Obama em 2012. O Presidente dos EUA conseguiu o ponto de viragem para a inversão dos estudos de opinião. Terá apenas que centrar-se nas questões caseiras e fazer uma gestão diplomática da retirada progressiva da América dos palcos de guerra. Já tem o seu trunfo!
Em segundo lugar, a morte de Bin Laden não significará sequer o princípio do fim do terrorismo, porque como demonstram os atentados recentes em Marrocos, cada vez mais, os actos terroristas cometem-se com uma simplicidade de meios técnicos e são facilmente dissemináveis. Nenhum de nós pode sentir-se totalmente seguro quando a detonação de uma bomba se faz com a mesma facilidade com que se compram jogos de computador. Por isso, teremos, no curto prazo, atentados aos interesses americanos e ocidentais perpetrados por seguidores de A Base. No longo prazo, só o desenvolvimento, o diálogo e a tolerância poderão ajudar a minimizar os episódios de violência terrorista.
Gostaria que a chamada luta do Bem contra o Mal e o terrorismo não servissem de pretexto para alimentar indústrias de guerra e a violação de direitos e liberdades. Uma coisa é termos serviços de inteligência operacionais, forças de segurança apetrechadas e uma estratégia concertada entre Estados, para lidar com fenómenos de violência cega, outra é venderem-nos o desígnio de que as armas resolvem o assunto. Só resolveriam se eliminássemos todos os homens.
Finalmente, o principal problema continua a ser a falta de adaptabilidade do Islão ao mundo secular. Certas correntes continuam a encarar o mundo a partir de uma versão de colete de forças: a verdade deles é única e de fora ficam os que pensam de forma diferente?! Enquanto não percebermos que entre Judeus, Cristãos e Islâmicos há um terreno único, com mais diferenças que antagonismos, não haverá sossego no Planeta. Enquanto o caos do Médio Oriente não encontrar uma solução duradoura entre Israel e a Palestina não haverá paz. Mais ainda, enquanto existirem madrassas que formam jovens que incitam à violência e defendem a islamização de todo o mundo, estaremos perante um grave problema: o medo condicionará os passos da nossa vida.
 
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