quarta-feira, maio 18, 2011
Crash monetário de mão dada com a revolta social

A chanceler alemã, Angela Merkel, considera que na Grécia, Espanha e Portugal – só faltou a Irlanda, para termos o suíno inteiro – os cidadãos gozam de muitos dias de férias e reformam-se cedo. No fundo, Merkel quer nivelar todos os Estados em direitos, de acordo com as regras alemãs, já que o subliminar da chanceler adverte que é a Alemanha que faz o Euro: a moeda europeia, formosa, mas não segura. É o mais recente episódio do “ou fazem o que vos mando ou estão arrumados!”

Primeiro: nunca me perguntaram se devia ter Moeda Única, mas sei que se um dia nos quiserem expulsar desse reino, também não me irão dirigir um convite em tom delicodoce. O aviso prévio será de poucas semanas…

Se alguma vez sairmos do Euro, tenho a certeza absoluta que enfrentaremos uma crise com uma agitação social avassaladora. Por que irá revoltar-se este povo de brandos costumes? Por duas razões. Primeiro, porque os empréstimos à banca irão sofrer correcções na ordem dos 30 a 40 por cento (ou seja, os proprietários com hipoteca da banca, que devam 100 mil euros vão ficar a dever 130/140 mil, da noite para o dia, quase por decreto). Segundo, os depositantes verão os seus depósitos desvalorizarem numa proporção idêntica, descendente: quem tem 100 mil euros ficará com 15/16 milhões de escudos na sua conta. Será terrível, mais ainda quando os consumidores se depararem com os produtos de supermercado a um preço de fugir (a importação de bens alimentares e a destruição da agricultura que, aliás, a aliança franco-alemã também nos sugeriu - tem destes perigos). E não adiantará seduzir com vídeos e powerpoints os Alemães, Finlandeses e Espanhóis. Eles estarão cegos e surdos à nossa pedinchice. Estaremos Euro-Out!

 
Lavrado por diesnox at quarta-feira, maio 18, 2011 | Permalink |


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