domingo, março 13, 2011
12 de Março
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Com estas imagens, fiquei ainda vez mais convencido: é com estas pessoas que querem mudar o estado das vossas vidas? É com manifestos "trotskistas" que pretendem mais bem-estar (igualdade em quê)? É com a anarquia da esquerda de pacote que almejam mudar a sociedade e fazer política? Experimentem ir à Roménia ou à Hungria e terão o contacto com o que fizeram as teorias de Marx e Lénine…
No fim, há mais uma pergunta que não posso deixar de fazer: quantos é que dos 200 ou 300 mil que foram à rua votaram uma, duas vezes, em Sócrates, ou nem sequer costuma participar em actos eleitorais, e com essas opções, acabaram por claudicar o seu futuro? Quinze anos perdidos. Os festivais de Verão seguem dentro em breve. Continuem no circo.
Nota bem: Evidentemente que milhares de jovens merecem uma oportunidade e uma vida melhor. Esses devem, por isso, indignar-se, não apenas a 12 de Março, mas todos os dias. Mas não se deixem contaminar pelo lixo ideário que desacredita as vossas preocupações.
Parece-me que o grande problema desta manifestação consiste precisamente na infiltração de geração rasca no seio da geração à rasca. Refiro-me à multiplicidade de indivíduos reaccionários que tendo tirado licenciaturas (os que tiraram) que não tinham, logo à partida, qualquer saída profissional (seja por falta de procura pelo mercado de trabalho, seja porque não se deram ao trabalho de atingirem a excelência na média, e passaram o curso a beber e fumar brocas, perdoe-se-me a sinceridade), ainda se arrogam o direito de exigir empregos do Estado. Sim, empregos, porque a geração rasca deste país não quer trabalhos, quer empregos...