segunda-feira, setembro 12, 2011
Somos humanos

Cada vez sei menos sobre o sentido da vida. É uma desaprendizagem contínua quando era suposto ser um saber progressivo. Custa-me aceitar a normalidade dos factos. Racionalizá-los, dissecá-los ao ponto alcançar um desfecho que é sempre inconclusivo.

É um pontapé exponencial aceitar a dor dos outros – que é uma antecâmera e um prolongamento da nossa dor. Vivemos a passagem como um Lego, peças ora construção ora desabamento -, e o que mais me custa é o autoconvencimento total de que “somos humanos” e essa fragilidade revela-se, testa-nos e expõe-nos. A revolta interior leva-nos ao ponto de ficarmos em estado de gesso e de agitação constante.

Lição número um: a simplicidade fortalece o espírito.

Lição número dois: a humildade dignifica o carácter.

Lição número três: a integridade perfectibiliza a Razão.

E resta ainda a humanidade-do-que-somos, porque sem coração a vida não passa de uma operação abstracto-matemática.

Quadro: Auto-retrato, Paul Klee.

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Lavrado por diesnox at segunda-feira, setembro 12, 2011 | Permalink |


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