segunda-feira, novembro 20, 2006
Justiça
A banca tem exercido um papel único no Portugal pós-25 de Abril. Uma coisa é o Estado, na sua bondade teórica, consagrar na lei fundamental o direito à habitação. Outra coisa, é esse objectivo ser na prática assegurado pelos privados, nomeadamente pelas instituições bancárias.
O papel da banca no apoio às famílias portuguesas na realização de um desejo humano, como ter uma casa, não lhe confere contudo uma prerrogativa de oportunismo total. Ora, mais grave que os métodos ilegítimos para conseguir dos consumidores a maior margem de lucro possível dos empréstimos à habitação, é a banca considerar – aliás, como o fazem todas as corporações deste país – que a impunidade é eterna. E, nessa medida, é de louvar a atenção do Governo – nomeadamente o secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, Fernando Serrasqueiro - e das associações de consumidores, que tocaram numa ferida do sistema financeiro, ainda que, mais cedo ou mais tarde, a banca vá buscar com outra mão o que lhe foi legitimamente retirado com uma.
As reacções da banca, protagonizadas pelo Dr. João Salgueiro, só confirmam aquilo que há muito pensávamos: é preciso acabar de vez com todas as formas de abuso dos direitos das pessoas. Não há almoços grátis, bem sabemos. Mas também não há «chulices» perenes.
O papel da banca no apoio às famílias portuguesas na realização de um desejo humano, como ter uma casa, não lhe confere contudo uma prerrogativa de oportunismo total. Ora, mais grave que os métodos ilegítimos para conseguir dos consumidores a maior margem de lucro possível dos empréstimos à habitação, é a banca considerar – aliás, como o fazem todas as corporações deste país – que a impunidade é eterna. E, nessa medida, é de louvar a atenção do Governo – nomeadamente o secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, Fernando Serrasqueiro - e das associações de consumidores, que tocaram numa ferida do sistema financeiro, ainda que, mais cedo ou mais tarde, a banca vá buscar com outra mão o que lhe foi legitimamente retirado com uma.
As reacções da banca, protagonizadas pelo Dr. João Salgueiro, só confirmam aquilo que há muito pensávamos: é preciso acabar de vez com todas as formas de abuso dos direitos das pessoas. Não há almoços grátis, bem sabemos. Mas também não há «chulices» perenes.
sejamos sinceros: com bancos, quanto mais distância melhor. eles deram-nos o crédito, claro, mas só tivemos acesso a ele por que as taxas de juro baixaram. Por outro lado apesar de termos uma banca muito competitiva temo-la à custa do endividamento das famílias e da quase exploração laboral ( baixos salários, horas extraordinárias não pagas, objectivos irrealistas para os empregados....]