sexta-feira, novembro 24, 2006
O perigo mora ao lado
Retive na mente durante dias este post, na esperança de que tivesse dados mais seguros ou, pelo menos, um desfecho mais encorajador. Havia 50 por cento de possibilidades. E estas penderam para o lado da natureza, da fragilidade. O ex-espião russo Alexandre Litvinenko, hospitalizado depois de um alegado envenenamento, morreu Quinta-feira, anunciou o hospital de Londres onde estava a ser tratado.
O homem, recém-convertido ao Islão e próximo da causa da guerrilha da Tchetchénia , sem um único glóbulo branco, não resistiu a um cocktail de substâncias radioactivas ultra-raras. O caso parece confirmar os perigos de um modelo que já passou as fronteiras da totalidade admissível: a Rússia de Putin mergulhou mesmo no abuso, na oligarquia, no neo-czarismo. É alarmante o que se está a assistir naquelas bandas: banqueiros deportados para a Sibéria, jornalistas assassinadas e agora ex-KGB eliminados. Pensávamos que a Guerra Fria já teria acabado com este estado de absurdos; ora isso não parece ter acontecido, antes pelo contrário: a trilogia que acompanha a tradição do homo sapiens está mais viva que nunca: sexo, poder e dinheiro. Em nome de um mesmo fim: a perpetuação para lá da vontade democrática.
O homem, recém-convertido ao Islão e próximo da causa da guerrilha da Tchetchénia , sem um único glóbulo branco, não resistiu a um cocktail de substâncias radioactivas ultra-raras. O caso parece confirmar os perigos de um modelo que já passou as fronteiras da totalidade admissível: a Rússia de Putin mergulhou mesmo no abuso, na oligarquia, no neo-czarismo. É alarmante o que se está a assistir naquelas bandas: banqueiros deportados para a Sibéria, jornalistas assassinadas e agora ex-KGB eliminados. Pensávamos que a Guerra Fria já teria acabado com este estado de absurdos; ora isso não parece ter acontecido, antes pelo contrário: a trilogia que acompanha a tradição do homo sapiens está mais viva que nunca: sexo, poder e dinheiro. Em nome de um mesmo fim: a perpetuação para lá da vontade democrática.
é uma boa análise Rouxinol. Não deixa, todavia, de ser suspeito que tenha sido assassinado pelos russos. Já todos conhecemos o carácter de Putin: sorriso de anjo, dentes de tubarão. O homem é frio, determinado e governa com mão de ferro. Não me admiraria nada que a ordem tivesse saído do kremlin.