segunda-feira, janeiro 08, 2007
Babel

Quatro mundos diferentes, num universo que à partida devia não ter tantas discrepâncias. Num canto do mundo, o telefone é o único de laço de ligação com o exterior, o derradeiro meio de comunicação da aldeia. Noutro, onde o sol se põe, o telemóvel é o equipamento eleito para o confronto com a vida das relações diárias.

Num lugar, passar-se a fronteira significa alcançar-se um certo estilo de vida, por vezes, ingrato. Noutro, ficar é, antes de mais, acomodar-se a uma vida com pouca esperança, agarrada apenas a tradições dos antepassados.

Em todos os lados há um viver: seja nas montanhas dos chacais, na cidade dos suicídios… O traço comum ao planeta é o terror pelo terror, ou o medo que devemos ter dos governos. A genuinidade pode levar ao caos e a fragilidade surge inesperadamente.

Mais que em globalização, podemos falar em pedaços de universalidade. O mundo não é assim só feito de contrastes. Também há sentimentos iguais, com a família a polarizá-los. Em Babel, toca-se os céus pela via dos sentimentos. Uma porta para onde se abre a compreensão de uma terra, que é também nossa.

A não perder, numa sala de cinema perto de si. Realizador: Alejandro González Iñárritu.
 
Lavrado por diesnox at segunda-feira, janeiro 08, 2007 | Permalink |


2 Comments:


At 12:05 da manhã, Anonymous Anónimo

Não sei, Dies... fui ontem ver o filme e ainda hoje me consigo revoltar com a agressividade e sobranceria do policia americano na fronteira... emociono-me com o Brad Pitt a dar dinheiro ao seu guia que o ajudou... perceber que em Toquio ou em qualquer parte do mundo... tb nos podemos "sentir" surdos-mudos. E se todos falássemos a mesma língua, será que nos escutariam?

Palavras pra que? vejam o filme!

 

At 1:43 da manhã, Blogger xico

nao gostei