terça-feira, março 06, 2007
the cruelty of an overrated feeling
podemos começar pela história de hermafrodita. sim é uma história de amor... ou de um amor forçado com resultados desastrosos para nós, humanidade. e pensar que um abraço de intensa paixão pode provocar tais danos... a pergunta urge e eu, um sem vergonha quase assumido, faço-a: e se em vez de com um abraço, o que teria acontecido se hermafrodito (filho de hermes e afrodita) e a ninfa sálmacis se tivessem fundido a fazer um 69? que espécie de ser humano teria dado...

a seguinte história abreviada ocorre também na grécia. laio, rei de tebas, avisado pelo óraculo de delfos, abandona o filho recém-nascido, pregando-o à terra no monte de citerão. adoptado por um pastor, o abandonado à morte, o de pés-furados, vulgo édipo, é mais tarde adoptado pelo rei de corinto... certo dia, suponhamos de primavera, que as hormonas entram em revolução nesta época do ano... édipo, príncipe de corinto, a caminho de tebas... entra em confronto com um velho, o qual acaba por matar... e chegando a tebas, há falta de mulheres jovens e belas, casa com uma madurinha que, sem saber, era sua mãe. o velho, obviamente, era seu pai. mas o moço ignorava tudo isso... e quando descobriu renunciou ao trono, cegou-se e refugiou-se em colono com a filha... assim nasce o incesto. sim... ele também derrotou a malvada esfinge e o homem tem mais patas do que imaginamos...

em portugal... todos conhecemos a história imortalizada por camões. d. pedro I, filho de afonso IV, casado com constança manuel (raio de nome, não me admira que esta história tenha acontecido) conhece uma das aias, uma bela e sedutora mulher de seu nome inês de castro... ele, bom rapaz, um pouco tímido até... ou então não... apaixona-se. promete o divórcio que na altura só através do papa... ou isso ou uma religião nova. imaginam termos uma igreja cristã petrista...? mas constança morre de parto deixando pedro livre. papai, preocupado com o futuro do reino e sobretudo com o bom nome da família real... nada de mistura de linhagens... mandou matar dona inês, a mais que oficial amante e futura mulher de pedro. este ao chegar da caçada real não gostou de saber as más notícias... guerra civil, paz e já rei manda matar os assassinos, aos quais manda arrancar o coração enquanto se deleita num banquete. casou-se em regime de pós-mortem com inês. hoje dormem juntos ad eternum no mosteiro de alcobaça. e o sangue dela, jaz na fonte desse hotel de luxo que é a quinta das lágrimas, em coimbra. isso sim é uma boa campanha de marketing.

e como esquecer o caminho que a humanidade tomou... como se nos foi proibido voltar a entrar no paraíso (neste campo prefiro o de alá, o das 78 virgens)... quando por amor... sim só essa estupidez poderia ser a explicação... adão trincou a maçã proibida... o que quer dizer em palavras mais contemporâneas e menos metafóricas... só o amor levaria adão a abandonar os prazeres infinitos do paraíso por uma sessão de sexo selvagem... mulheres!! acham que oferecendo maçãs conseguem tudo... e têm quase sempre razão. eu disse quase sempre.

embora cruéis e sobrevalorizadas... todos queremos ter uma grande história de amor... infelizmente não existe nem oráculo de delfos que nos avise do futuro, nem deuses que nos elevem a condições sobre-humanas... tudo o que somos, não é mais que uma multidão de corpos perdidos à procura da felicidade... e nem sequer sabemos por onde começar a procurar. será no amor? quanto às mulheres, continuamos a fazer quase qualquer coisa por uma boa sessão de sexo selvagem... eu disse quase.
 
Lavrado por xico at terça-feira, março 06, 2007 | Permalink |


9 Comments:


At 10:30 da manhã, Blogger diesnox

Essas histórias de amores trágicos são invenção, meros contos de fadas. Um conselho: não te pedras, menos Aloé Vera, man!

 

At 10:30 da manhã, Blogger diesnox

pedres

 

At 11:29 da manhã, Anonymous Anónimo

"Você faria qualquer coisa pelo seu amor?" ... olha... não! É engraçado, mas acho que depois de bater com a cabeça na parede (melhor, na muralha da China) de repente, não creio que volte a fazer qualquer coisa por amor. Mas, isto sou eu a ser pessimista, espero. E a história mais bonita é a do Tristão e Isolda. Já agora... o amor é feito de tragédias? Já não existe "e viveram felizes para sempre"?

 

At 2:00 da tarde, Anonymous Anónimo

Este post só pode ser o reflexo do efeito retardado de um fartote de cous cous! :)

 

At 6:58 da tarde, Anonymous Anónimo

grande misturada para aí vai!... sessão de sexo selvagem... SIM, as consequências não têm de ser calamitosas, muito menos trágicas ou melodramáticas... pensando bem, nem sequer tem de haver conseqências!
quanto ao amor... enfim... muito cuidadinho!!!

... voltando às sessões de sexo selvagem... define quase tudo ;)

 

At 4:48 da tarde, Blogger Ice-device

O amor é um truque da natureza para nos obrigar a procriar. é efémero e biológico. Tal como o sexo selvagem.

 

At 12:19 da manhã, Anonymous Anónimo

Viva o sexo selvagem! Viva o sexo sem ser selvagem! Viva o sexo! Com ou sem compromisso. Viva o sexo todos os dias a todas as horas! Make us feel alive!

 

At 4:32 da tarde, Blogger Sara

Ice, jovem, lês demasiados livros técnicos. :P

 

At 2:04 da tarde, Blogger Ice-device

Adorei a parte do "jovem" ainda que tecnicamente já não seja. ;p