quinta-feira, outubro 19, 2006
Rivolução ou ocupação neo-hippie?
Não comungo do estilo com que o executivo municipal do Porto adopta na resolução de certos problemas locais. A legitimidade do voto popular não significa discricionariedade de método ou muito menos de decisão. Tratando-se do assunto Cultura, o melindre e a responsabilidade do assunto é agravada.
O erro cometido por Rui Rio em seduzir, via polémica, os holofotes das câmaras de TV, é o mesmo com que um grupo de 30 pessoas comete, ao acampar por uns dias no Teatro Rivoli. O que aconteceu esta noite – com a intervenção da PSP, pondo fim à ocupação hippie-cultural – peca por tardia. Não é admissível que certas pessoas promovam protestos, invocando uma defesa de valores culturais públicos, como se a Cultura fosse propriedade de clãs educados à custa do subsídio do Estado.
É inaceitável que 30 pessoas possam servir-se da Cultura e de um espaço das artes, para fazerem um número mediático ridículo.
O erro cometido por Rui Rio em seduzir, via polémica, os holofotes das câmaras de TV, é o mesmo com que um grupo de 30 pessoas comete, ao acampar por uns dias no Teatro Rivoli. O que aconteceu esta noite – com a intervenção da PSP, pondo fim à ocupação hippie-cultural – peca por tardia. Não é admissível que certas pessoas promovam protestos, invocando uma defesa de valores culturais públicos, como se a Cultura fosse propriedade de clãs educados à custa do subsídio do Estado.
É inaceitável que 30 pessoas possam servir-se da Cultura e de um espaço das artes, para fazerem um número mediático ridículo.
A única consequência que no mínimo retiro deste folhetim é que a Cultura em Portugal não pode mais continuar refém de elites, quando em democracia - e no caso, a da cidade do Porto – são os órgãos eleitos quem devem decidir o que querem fazer dos espaços culturais da cidade. Tudo tem um custo - económico e político. E, do ponto de vista político, se a autarquia quer privatizar o Rivoli, o povo fará, no exacto momento, o julgamento dessa opção.
PS: Uma vez mais, os media caíram no engodo. Agarrados à armadilha das audiências, deram voz a cidadãos que invocam direitos, mas que não passam de autênticos vícios.
Lavrado por diesnox at quinta-feira, outubro 19, 2006 | Permalink |
2 Comments:
At 11:59 da manhã, Sara
Tungas! Mai nada. :)