segunda-feira, novembro 27, 2006
aonde pára o alerta...
O país vive em alerta. Uns dias laranja outros amarelo. Ainda não percebi porque é que os especialistas não escolheram uma tabela diferente para definir os alertas de inverno. É muito óbvio que o laranja, vermelho e amarelo remetem para altas temperaturas. E depois de ver o país arder todos os anos achamos mais que lógica esta associação. Mas no inverno? Quer dizer dão-se ao trabalho de inventariar todos os nomes de tufões, tornados, mega tempestades com nomes dignos de um asilo para cães abandonados, para que não se repita nenhum durante 25 ou 30 anos. Mas diferenciar escalas para inverno e verão é demasiado complicado. Defendo uma escala de azuis. Sendo que o azul bebé significaria apenas uma chuva molha-tolos… essa que não molha, não molha, mas acabamos ensopados e a achar que uma boa dose de sexo fornece o suficiente alerta amarelo para prevenir a pneumonia que se adivinha. E o roxo remeteria para o preocupante estado de hipotermia, uma espécie de ameaça de regresso à idade do gelo altamente ampliada pela comunicação social mas que, como sempre, apenas morrem dois senhores. Um que decidiu que aos 80 anos ainda tinha estofo para nadar no atlântico como forma de comemorar o novo ano, o dia mais frio dos últimos 33 anos. O outro assassinado pela mulher, um típico caso de violência doméstica, não fosse o homem ter sido encontrado esquartejado pelo Marão e o pirilau a fazer de nariz de um pequeno boneco de neve. Claramente um caso de insatisfação sexual após uma chuva molha-tolos.
Por outro lado o estado podia fazer negócio com esta coisa dos alertas. A ideia seria criar um serviço de telefonia móvel do género: queres receber em tempo real um alerta laranja? Envia um sms com as palavras ALERTA espaço LARANJA para o 3333 e abriga-te dos fortes ventos e chuvas a rondar os 115 mililitros por metro cúbico. Ou então ALERTA espaço AMARELO… e ALERTA espaço VERMELHO, AZUL BÉBÉ, AZUL COBALTO, AZUL ESTRELADO A PROMETER GEADA, AZUL VÊM AÍ OS EXTRATERRESTRES, AZUL NOCTURNO QUE PARECE NEGRO COM NORTADA INCLUÍDO, ROXO MUDA DE VESTIDO E PÕE O VERMELHO, ROXO QUEM É QUE MORREU…?
P.S. Alargado: eu sou dos que gostam de dizer mal por dizer mal. Não tem sentido dizer bem de coisas que estão mal e muito menos de coisas que estão bem. Para quê? Não sou o único… esse grande senhor que se chama Vasco e tem os apelidos Pulido Valente é provavelmente o guru deste movimento. O estado português é deficitário em muitos sectores, na maioria diria eu… é aquilo a que eu poderia chamar um à deriva trágico-cómico (uma falácia diriam alguns)… chamaria, disse eu, não fosse o caso de me descrever a mim próprio com essas palavras. O país tem problemas na saúde, na educação, na justiça, na defesa, no governo, no povo, em infra-estruturas sanitárias. Agora dizer que o problema das cheias é culpa do estado? Quer dizer, estas cheias põem-nos ao nível desse grande país terceiro-mundista chamado Alemanha, Polónia… blá blá blá! Senhores, os diferentes executivos (nacionais, locais e familiares) de portugal podiam fazer muitas coisas para melhorar o país que bem precisa. Agora, controlar o bobbys, Susanas, niños e os diferentes alertas é mais complicado. Quando daqui a uns milhares de anos o sol (ALERTA VERMELHO) se extinga (ALERTA NEGRO) e a terra se revista de um manto de gelo (ALERTA ROXO FIM DA HUMANIDADE) o nosso querido Vasco do pó provéns e ao pó voltarás várias vezes saltará na tumba feito velho mamute e gritará a culpa é do estado português.
Por outro lado o estado podia fazer negócio com esta coisa dos alertas. A ideia seria criar um serviço de telefonia móvel do género: queres receber em tempo real um alerta laranja? Envia um sms com as palavras ALERTA espaço LARANJA para o 3333 e abriga-te dos fortes ventos e chuvas a rondar os 115 mililitros por metro cúbico. Ou então ALERTA espaço AMARELO… e ALERTA espaço VERMELHO, AZUL BÉBÉ, AZUL COBALTO, AZUL ESTRELADO A PROMETER GEADA, AZUL VÊM AÍ OS EXTRATERRESTRES, AZUL NOCTURNO QUE PARECE NEGRO COM NORTADA INCLUÍDO, ROXO MUDA DE VESTIDO E PÕE O VERMELHO, ROXO QUEM É QUE MORREU…?
P.S. Alargado: eu sou dos que gostam de dizer mal por dizer mal. Não tem sentido dizer bem de coisas que estão mal e muito menos de coisas que estão bem. Para quê? Não sou o único… esse grande senhor que se chama Vasco e tem os apelidos Pulido Valente é provavelmente o guru deste movimento. O estado português é deficitário em muitos sectores, na maioria diria eu… é aquilo a que eu poderia chamar um à deriva trágico-cómico (uma falácia diriam alguns)… chamaria, disse eu, não fosse o caso de me descrever a mim próprio com essas palavras. O país tem problemas na saúde, na educação, na justiça, na defesa, no governo, no povo, em infra-estruturas sanitárias. Agora dizer que o problema das cheias é culpa do estado? Quer dizer, estas cheias põem-nos ao nível desse grande país terceiro-mundista chamado Alemanha, Polónia… blá blá blá! Senhores, os diferentes executivos (nacionais, locais e familiares) de portugal podiam fazer muitas coisas para melhorar o país que bem precisa. Agora, controlar o bobbys, Susanas, niños e os diferentes alertas é mais complicado. Quando daqui a uns milhares de anos o sol (ALERTA VERMELHO) se extinga (ALERTA NEGRO) e a terra se revista de um manto de gelo (ALERTA ROXO FIM DA HUMANIDADE) o nosso querido Vasco do pó provéns e ao pó voltarás várias vezes saltará na tumba feito velho mamute e gritará a culpa é do estado português.
Lavrado por xico at segunda-feira, novembro 27, 2006 | Permalink |
3 Comments:
At 4:53 da tarde, diesnox
O Vasco Pulido Valente é um negativista. Sempre a deitar abaixo. "A culpa é do país atrasado e ignorante que temos bla bla bla bla" tretas. Nesse caso ele próprio é atrasado e ignorante por não saber que não é dessa maneira vernácula que ele pode dar um contributo eficaz para incentivar à mudança. POr vezes concordo com ele mas regra geral quando acabo de ler um artigo que ele escreve é um alívio por à minha volta as coisas não serem tão negras como as pinta
Acho que o alerta pára em todo o lado. Já reparaste na pose do comandante Gentil Martins, com aquele fato-macaco do SNB, a anunciar ao país para estar preparado para a chuva, as cheias, o vento e todas as respostas da natureza ao estado do ambiente?Podiam lá pôr antes uma Ananova ou um boneco virtual que sempre seria menos cinzento ouvir aquelas frases de bombeiro.