segunda-feira, outubro 02, 2006
Chama Vermelha

Quem nunca acendeu um fósforo produzido pela Fosforeira Portuguesa nunca terá queimado os dedos neste mundo. Tal como as fraldas de pano, os fósforos estão em vias de extinção. O mundo mudou e o isqueiro e os acendedores de faísca chamuscaram os paus com ponta colorida.

A empresa espanhola – de portuguesa, resta a localização e a mão-de-obra – morreu Sexta-feira e renasce hoje, baptizada de Chama Vermelha. Uma chama que acabará como todos os fogos.

80 anos volvidos e a unidade de Espinho muito nos vai deixar. Lembrar-nos-emos, certamente, das caixas com aviões de guerra, ou das brincadeiras com fósforos envolvidos em alumínio, ou dos barcos com paus de fósforos colados, um a um. Guardem bem as caixas de fósforos que têm em casa. Daqui a um mês, tudo não passará de design e lume passado.
 
Lavrado por diesnox at segunda-feira, outubro 02, 2006 | Permalink |


1 Comments:


At 1:59 da tarde, Blogger Ice-device

eu pegava nas caixas velhas e rasgava ligeiramente as pontas das bandas de fricção e uma das extremidades superiores atrás para fingir que eram os retrovisores e um aeleron respectivamente. Depois era brincar como se fossem carrinhos da Majorette.

Adeus infância