sexta-feira, janeiro 19, 2007
O peixe e o mercado
«Há clínicas em Portugal que são 'slot machines' de ganhar dinheiro», Maria José Morgado, numa conferência na Assembleia da República, organizada pelo grupo parlamentar do PS, 17 de Janeiro de 2007.

Pode uma Procuradora-Geral Adjunta participar, num colóquio, sem que se dissocie a pessoa do cargo que exerce?

Morgado é séria, corajosa e rija. Mas tem um defeito: não perde uma oportunidade para vender o seu peixe. E, neste caso, o peixe não devia ter saído da lota, quando o mercado é de todo o povo-consumidor.
 
Lavrado por diesnox at sexta-feira, janeiro 19, 2007 | Permalink |


3 Comments:


At 12:36 da tarde, Anonymous Anónimo

esta questão do aborto não pode ser vista em termos partidários nem profissionais. É uma opiniao pessoal! pessoalmente não considero que ela tenha falhado, não considero que a sua opiniao dita num colóquio ponha em causa do seu papel como Procuradora Geral Adjunta! na sua profissão segue a lei e respeita-a e segundo a lei todo o cidadão tem liberdade de opinião!

 

At 12:47 da tarde, Blogger Ice-device

Sim, na boa. O único problema foi ela ter aparecido no programa como "procuradora geral adjunta". isso é que pode trazer incompatibilidade.

Se ela tivesse ido como Jurista aí não haveria problemas.

 

At 6:56 da tarde, Blogger diesnox

A senhora tem, obviamente, toda a liberdade de expressar o que pensa ou que entende sobre o que quer que seja. Uma coisa é poder, outra fazer. E fazê-lo num colóquio promovido por um partido político, pelo cargo que ocupa, acho que não; e não deve servir-se desse estatuto para o mesmo fim. Porque irá comprometer - ou se calhar não, tal é a desgraça em que a instituição se encontra - o Ministério Público.