sexta-feira, junho 09, 2006
Tudo a postos
Começa hoje a festa do futebol. De quatro em quatro anos, é sempre o mesmo estado de loucura. Mal acaba o Campeonato do Mundo, esperamos que volte depressa o próximo. O mais rapidamente…
O futebol é mesmo o espectáculo-rei. Os Jogos Olímpicos perderam o brilho de outrora. Resta-nos, de quatro em quatro anos, viver com outra intensidade o jogo da bola maluca. E se Portugal participa na disputa, a atenção é diferente, melhor, inebriante, contagiante. Quase que esquecemos dos males que nos rodeiam. Eis o lado pernicioso do espectáculo…
Até 9 de Julho, dia da final, o país vai estar colado, ora à TV, ora à rádio, para acompanhar o desporto das quatro linhas. Até os senhores deputados vão poder sair mais cedo, para não perderem pitada dos lances dos três Ronaldos - Gaúcho, o outro Ronaldo e o nosso -, Figo, Terry, Crespo, Del Piero, Deco, Henry, Raúl… É uma constelação infindável!
E depois, bem depois, começamos a pensar nas férias. Vêm as reentrés políticas e, finalmente, as pessoas despertam para o lado real da vida. Nessa altura, já saberemos até onde chegamos. Até lá, sonhar não custa rigorosamente nada.
Eu dar-me-ei por satisfeito se chegarmos aos quartos de final. [Não é todos os dias que podemos ficar nos oito primeiros lugares das estatísticas globais.] Mas ficarei ainda mais feliz, se as pessoas aprenderem a lição de que há mais vida, além do futebol. Não basta sermos todos bons rapazes e boas raparigas, agora que começa o Mundial, e ajudarmos a velhinha a atravessar a passadeira na estrada, ou darmos uma simples esmola ao pedinte. É que logo logo, abandonaremos todas as regras de civismo, para passarmos a cuspir para o chão, chamarmos nomes à mãe de todos os árbitros desta vida, refilarmos com os nossos amigos e vizinhos, ou escarnecermos de morte os mitras que nos surripiaram o auto-rádio do nosso carro na nossa própria garagem. E regressa o trânsito, o défice, o desemprego, a escalada do petróleo, a subida das taxas de juro, enfim, o nosso tempo. O caos estará de volta.
O futebol é mesmo o espectáculo-rei. Os Jogos Olímpicos perderam o brilho de outrora. Resta-nos, de quatro em quatro anos, viver com outra intensidade o jogo da bola maluca. E se Portugal participa na disputa, a atenção é diferente, melhor, inebriante, contagiante. Quase que esquecemos dos males que nos rodeiam. Eis o lado pernicioso do espectáculo…
Até 9 de Julho, dia da final, o país vai estar colado, ora à TV, ora à rádio, para acompanhar o desporto das quatro linhas. Até os senhores deputados vão poder sair mais cedo, para não perderem pitada dos lances dos três Ronaldos - Gaúcho, o outro Ronaldo e o nosso -, Figo, Terry, Crespo, Del Piero, Deco, Henry, Raúl… É uma constelação infindável!
E depois, bem depois, começamos a pensar nas férias. Vêm as reentrés políticas e, finalmente, as pessoas despertam para o lado real da vida. Nessa altura, já saberemos até onde chegamos. Até lá, sonhar não custa rigorosamente nada.
Eu dar-me-ei por satisfeito se chegarmos aos quartos de final. [Não é todos os dias que podemos ficar nos oito primeiros lugares das estatísticas globais.] Mas ficarei ainda mais feliz, se as pessoas aprenderem a lição de que há mais vida, além do futebol. Não basta sermos todos bons rapazes e boas raparigas, agora que começa o Mundial, e ajudarmos a velhinha a atravessar a passadeira na estrada, ou darmos uma simples esmola ao pedinte. É que logo logo, abandonaremos todas as regras de civismo, para passarmos a cuspir para o chão, chamarmos nomes à mãe de todos os árbitros desta vida, refilarmos com os nossos amigos e vizinhos, ou escarnecermos de morte os mitras que nos surripiaram o auto-rádio do nosso carro na nossa própria garagem. E regressa o trânsito, o défice, o desemprego, a escalada do petróleo, a subida das taxas de juro, enfim, o nosso tempo. O caos estará de volta.
é pá... Mas enquanto durar... dura!
quartos de final será um bom objectivo, mas não é vergonha nenhuma ficar nos oitavos contra a argentina.
[se bem que nada chega à largada de um bom GP do Mónaco]