1.ª - Por que é que a senhora ministra da Cultura só soube Quinta-feira que iam abrir o túmulo onde jaz o fundador de Portugal?
2.ª - De quem é a competência legal para autorizar a abertura de túmulos de símbolos e personalidades históricas?
3.ª Aparentemente, e havendo um vazio jurídico numa matéria tão sensível, será que se vai legislar para preencher o vazio com que se alimentam episódios ao estilo Indiana Jones?
4.ª – Quem assume o alegado erro de comunicação no IPPAR, ou para variar, o caso vai morrer também dentro de uma tumba?
Quase que o túmulo do rei de Portugal era aberto e a ministra do rectângulo de 90 mil quilómetros não sabia de nada?! Não valerá antes atribuir a competência em causa a algum responsável do IPPAR - ou de outro organismo do Estado -, já que há outras prioridades nacionais com que a ministra se tenha de preocupar?
«Quase» foi o que selecção nacional de futebol atingiu. Tendo nós alcançado a meia-final, dou-me por português satisfeito pela prestação do futebol português na Alemanha. Julgo, todavia, que agora é o momento para começar a sonhar um pouco mais... e, claro, fazer por isso. Scolari deve estar de saída para apreciar o poder monetário da libra, e é a hora de aparecerem os milhares de treinadores de bancada que vivem no país, para fazerem melhor serviço. Têm a sua oportunidade…
No fim de contas, enquanto não esticarmos a corda da exigência, tudo estará condenado à tragédia lusa do quase, quase-tudo. Não quero esperar mais 40 anos até que atinjamos um feito como o de 1966 ou 2006. Não vou culpar o árbitro por um penalty que sem dúvida existiu, ou a sorte pelo quase que (não) conseguimos. Portugal é um patinho feio, sim! Mas o patinho feio pode tornar-se um patinho bonito e sexy (diria Pires de Lima). Se isso ajuda a conquistar campeonato, faça-se uma mudança de imagem e sobretudo um up-grade na alma de um povo que acredita que é pelo sofrimento que se faz história. Eu não acredito no jeito Rei-Edipo de viver. Prefiro a comédia!
At 12:31 da manhã, Jane
No final do jogo da passada quarta-feira fiquei agradavelmente surpreendida. Não pela derrota, como é óbvio, mas pela reacção de alguns adeptos.
Vivo numa das principais artérias de acesso ao Marquês de Pombal. Apenas alguns minutos após o apito final do jogo comecei a ouvir alguns carros a buzinar na rua. A princípio pensei que fossem alguns franceses a comemorar a vitória da sua selecção, mas ao fim de alguns minutos percebi que era impossível existirem tantos adeptos franceses em Lisboa com vontade de comemorar... Aproximei-me da janela e qual não é o meu espanto quando verifico que a rua estava cheia de bandeiras de Portugal...
Senti-me orgulhosa. Senti-me orgulhosa da nossa selecção, mas senti-me orgulhosa acima de tudo do orgulho que algumas pessoas demonstram em ser portuguesas.
E tudo isto por causa de um sr. de nome Scolari que nos tem ensinado a gostar de Portugal, da nossa bandeira e da nossa selecção. Obrigada Scolari!
Vamos lá ver se tudo isto não passa com o final do mundial para ficar adormecido até ao próximo evento futebolístico...
queres fazer um upgrade de imagem? Começa pela bandeira.
Quanto ao futebol luso não diria que foi "quase". Diria que foi "muito". Em mais nada de positivo neste mundo estamos entre os 4 primeiros. O mérito ao Scolari que conseguiu impor uma mentalidade, um espírito ganhador. Perder contra a França só doi por ser contra eles. Mas na prática para um país de 10 milhões de habitantes, somos fantásticos