segunda-feira, julho 17, 2006
Guerra total vs diplomacia zero

O que fazem o senhor Presidente da República e o recém-empossado ministro dos Negócios Estrangeiros, enquanto assistimos impávidos à deflagração de mais um conflito aberto entre Israel e o Herzbolah?

O senhor PR pensa que é com roteiros que se muda o país e o mundo. Ficaria mais satisfeito se fosse corajoso e transmitisse a Israel, ao Líbano, à Síria, ao Irão e ao governo palestiniano que não é com tanques e rockets que se resolve o problema do Médio Oriente. Ainda que ninguém queira ouvir a formiguinha Portugal, o mínimo que a diplomacia portuguesa tem a fazer é chamar a consultas os representantes dos estados envolvidos neste cenário de guerra declarada, e que não está para aceitar a violação dos mais elementares direitos dos povos da região. É genocida o terrorista que lança um rocket contra o povo de Israel, tal como é genocida o estado que contra-ataca de forma cega sobre as populações onde estão infiltrados os combatentes do Herzbolah.

A administração de Bush - grande conivente com esta guerra - não pode mais pactuar de olhos vendados com a política de Tel Aviv. Caso contrário, será fundada a acusação histórica que recai sobre os EUA: de estar constantemente refém do lóbi judaico.

O senhor Barroso tem também agora uma oportunidade para apelar à marcação urgente de uma cimeira dos 25, para que se ajude a encontrar um ponto de entendimento imediato. O mínimo que tem a fazer é solicitar o congelamento de todos os apoios às partes no conflito. Nem mais um tostão para o Médio Oriente, enquanto os actores da região não cessarem as armas, e se sentem à mesma mesa, sem condições, sem pernas cruzadas ou dedos em riste.
 
Lavrado por diesnox at segunda-feira, julho 17, 2006 | Permalink |


1 Comments:


At 12:01 da tarde, Blogger Ice-device

alguém ouviu ontem a conversa entre o Blair e o Bush? eles estarão mesmo assim À nora?