E, na segunda parte, depois de Alckmin insistir que o Brasil cresce 2 por cento (um terço da Argentina e abaixo da média dos países emergentes, como frisava), Lula foi questionado, inteligentemente, por uma jornalista da Rede Record, sobre qual a maior virtude do seu oponente. «A civilidade», apontou Lula. A resposta é no mínimo decepcionante, ou em democracia os homens da coisa pública não são, aparentemente, cívicos?
Alckmin teve direito também a uma questão-bala. «Qual o seu maior defeito?». Limitou-se a divagar, a discorrer à volta do óbvio, concluindo que, como todos os homens, tem os seus defeitos e as suas virtudes. E voltou à carga, outra vez, com a corrupção, com a falta de ética dos homens próximos de Lula, até citou Santo Agostinho (as críticas o fortalecem e os louvores o corrompem).
Acabei por desligar o televisor, minutos depois. 23H15.
E no Domingo, saberemos que Lula continuará a ocupar o lugar ainda quente no Palácio do Planalto. E o Brasil continuará a ser potencialmente uma potência. Corrupto, também; com mulheres belas, com todas as probabilidades genéticas e culturais; com a Amazónia a desaparecer aos bocados; com caipirinha todo o Santo dia; com samba todo o santo Carnaval; com o Cristo Redentor de pé, no morro do Corcovado; com Pelé, eterno rei do futebol; com as favelas alojadas ao lado de hotéis de 5 estrelas; com os políticos que merece, talvez.
At 12:36 da tarde,
At 1:31 da tarde, diesnox
Nem mesmo sendo obrigatório, Deus ia votar... Ia insurgir-se contra o estado de um país onde os que podem roubam e os que não podem andam em busca de uma forma de o fazer... Os recursos vão para meia dúzia de generais, enquanto o povão rouba para sobreviver. Lula come as palavras enquanto os seus homens fortes comem o real do erário público. Alckmin fala bem, mas de conteúdo nada acrescenta.
Por isso, o melhor é ficar a beber umas capirinhas e comer uma boa picanha!
O brasil é um grande país. Mas não tem remédio. Corrupção, violência, baixa escolaridade, e uma organização decalcada do sistema americano acentuam as diferencças entre ricos e pobres. É potencialmente uma potência, mas enquanto as coisas estiverem assim nunca será um país justo e próspero. Por muito que as elites o coloquem no topo do mundo em determinadas áreas (agricultura, desporto, ciencia, comunicação).
Mesmo assim. acho que votava no Lula. Um Mastodonte daqueles precisa de um bocadinho de esquerda para nivelar e depois mais tarde um pouco de direita para dinamizar. à la chinesa.
At 3:34 da tarde, diesnox
Para mim, o problema não deve ser nunca visto desse ponto de vista ideológico e completamente ultrapassado. Não se trata de um assunto de direita ou de esquerda. Tão-só um assunto de homens: criatividade, organização, gestão, desenvolvimento e solidariedade. O Brasil tem recursos, uma área superior ao território dos EUA, é o quinto país mais populoso, portanto, tem condições para vencer. Não há poções mágicas, mas tem de haver 2 coisas: vontade e escolhas. Vontade em mudar; escolhe o que se quer.
O Brasil tem o mesmo problema que nós por cá: tem uns nichos - em que realmente são muito bons - agricultura, indústria farmacêutica e aeronáutica; mas nã tem o básico, não se investe em educação, não se ministra civismo.
Que controlem a criminalidade, e esta só se fará com oportunidades. Enquanto não se derem oportunidades aos pobres, o Brasil continuará a ter 60 mil homicídios por ano. Não é admissível num Estado com lema «Ordem e progresso», que haja uma ordem de poderes paralelos (PCC e os bandidos da droga); do progresso, só uam faxa pequena sente os seus efeitos positivos.
At 1:38 da tarde, diesnox
A Amazónia não é uma zona árida. Pelo contrário, é uma zona viva, com potencial... desque não seja desvastada. O Nordeste idem... Os quilóemtros de praia que esta zona tem. Tudo virgem... Faz uma visita e verás os magníficos projectos hoteleiros de portugueses, holandeses e não só... A Brasil é um continente, não um «país»...
At 3:23 da tarde, diesnox
At 5:48 da tarde,
Se Deus fosse brasileiro, com certeza ele iria votar até porque o voto no Brasil é obrigatório... o Brasil é ainda uma criança, é preciso ter calma e, acima de tudo, fazer as coisas sem pressas... ele vai crescer... Tenho medo do Alckmin... do Lula já sei o que esperar, mas o Alckmin assusta-me... tenho medo que se venda aos USA.
Os brasileiros saberão fazer a escolha. Eles é que sabem se alguma coisa mudou nos últimos anos, ou não.
Nós devíamos era estar preocupados com o estado de sítio aqui em Portugal. É impressão minha ou o PSD está a hibernar? Onde é que está o maior partido da oposição? Estão a pactuar com a arrogância do sr. Sócrates? Ele precisa de uma grande lição, o sr. "ele não nos vão derrubar"... vou ficar à espera do "buzinão na ponte"!