Bom dia!
Na próxima semana, começa a queda real de Sócrates.
Quando se aproxima o tombo de um Governo - e foi assim em 2005 com Santana Lopes - há como que uma estação que se aproxima. E sente-se… A Primavera virá segunda-feira e a estação de Sócrates chegará ao fim uns dias mais tarde.
O povo, que quis renovar os votos de casamento com essa figura digna de estudo patológico apurado, vendedor de uma aldrabice política persistente, terá que aguentar muitos e muitos anos o fardo da loucura.
Na Idade Média, os barbeiros provocavam sangramentos que, frequentemente, levavam à morte do paciente. Entre 2005 e 2011, um primeiro-ministro trouxe unguentos milagrosos, ventosas colectivas e tratamentos ruinosos. Os efeitos do tratamento estão à vista: Portugal é um moribundo, falido e estarrecido.
No cesto, deveriam estar centenas de fundações e institutos, empresas municipais, empresas públicas, parcerias público-privadas, ajudas de custo, obras farónicas (TGV, novo aeroporto de Lisboa), corporativismos, Justiça, leis, Estado fiscal sanguessuga, "lobbies" ocultos, latentes e reais, empresas privadas que declaram ad aeternum prejuízos, centralidades inúteis, empresas parasitárias dos orçamentos, o parasistema educativo, universidades de linhagem, os agiotas da banca, a ética ausente, enfim... e, desta vez, vão ser os reformados, e os trabalhadores de contratos traídos, e os doentes, a classe mini-média e o que a República consentir... Portugal é um Estado? Não, é um território de cabeças decepadas... O carrasco terá um destino pouco afortunado: o Governo perdeu a cabeça muito antes de lhe cair a lâmina.