sexta-feira, junho 09, 2006
Espelhos

Silêncios entroncados,
Entre o ontem e o presente.
Marcada é a face
De um tempo
Que se diz móvel.

Por que olhas ao espelho, se as rugas sempre lá estiveram?

Tamanha mostra,
De um corpo definido
Vai dos pés à nuca
A quimera dessa capciosa visão.
Não olhes, porque nada vês.

Sente.

E sentidas são as horas
Em que o mundo gira e roda.
Esquece, de vez, os cristais…
As rugas não se apagam,
O mundo é só ilusão.
 
Lavrado por diesnox at sexta-feira, junho 09, 2006 | Permalink |


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